terça-feira, maio 30, 2006

O grande novo Mestre do Suspense



M. Night Shyamalan ("O Sexto Sentido", "O Protegido", "Sinais"), realizador indiano já conhecido por ser o novo mestre do suspense, apresenta-nos The Village, uma obra magnífica que é um dos melhores filmes do ano de 2004.

Desempenhando em todos os seus filmes o papel de produtor, realizador e argumentista, desta vez M. Night Shyamalan leva-nos a uma vila que é, aparentemente, do início do século XX, apesar de não haver quaisquer referências temporais. Esta está rodeada por bosques impossíveis de ultrapassar devido à existência de criaturas horrorosas. Vivendo em época de tréguas, os habitantes da vila não incomodam as criaturas e estas não os atacam.

Todavia, o argumento escrito por M. Night Shyamalan não se resume a um filme de monstros, tal como "O Sexto Sentido" não se resumia a um filme de fantasmas e "Sinais" não se resumia a um filme de extraterrestres. Shyamalan cria estes monstros para elaborar metáforas em relação aos medos que assombram os seres humanos. Além disso, nesta obra o realizador explora um tema que nunca havia antes explorado: o amor.

Em seguida, há que destacar as interpretações, que são sempre um ponto forte nos filmes de M. Night Shyamalan. Estas provêm não só por parte de actores já conhecidos e aplaudidos pela crítica e pelos prémios, mas também por actores lançados pelo realizador. Relembro que em "O Sexto Sentido" Shyamalan tornou conhecido o jovem Haley Joel Osment, cuja interpretação lhe valeu uma nomeação para Óscar de melhor actor secundário, com apenas onze anos.
Desta vez, Shyamalan resolve colocar a praticamente estreante Bryce Dallas Howard, filha do realizador Ron Howard ("Uma Mente Brilhante"), no papel de actriz principal, a interpretar uma cega. E, apesar de ter pouca experiência como actriz, fá-lo na perfeição, tornando-se uma das melhores interpretações femininas do ano. A contracenar com Howard, temos Joaquin Phoenix, que já havia trabalhado com Shyamalan em "Sinais".
A interpretação de Phoenix não é tão surpreendente como a de Howard, mas não deixa de ser bastante positiva. Os actores secundários mostram também a sua potencialidade: Adrien Brody ("O Pianista") faz o papel de um deficiente mental de uma forma impressionante e William Hurt , dá uso à sua experiência para ter uma interpretação muito boa.

Finalmente, há que referir os aspectos técnicos do filme, e aí a perfeição é mais que evidente, desde a fabulosa direcção artística ao impressionante guarda-roupa. De facto, "A Vila" é um poema visual não só devido à complexidade do seu argumento, mas também devido à beleza impressionante da fotografia. Há que mencionar também a fantástica banda sonora de James Newton Howard, compositor por excelência de Shyamalan.

Concluindo, "A Vila" é um dos melhores filmes que já vi e M. Night Shyamalan talvez encontre aqui o melhor filme da sua carreira, que ainda está bem no início. Fica a dica....

segunda-feira, maio 29, 2006

"O BIDÉ CULTURAL"


Sempre norteei a minha vida por uma postura assente em bases sólidas de sinceridade para com o próximo visando nunca defraudar a confiança e o respeito, que quem comigo conviva, possa ter pela minha pessoa. Por isso devo confessar que foi com uma enorme surpresa e estupefacção que vi o meu nome ser o mais votado em pleno concílio turco. Sempre afirmei que iria assumir as minhas responsabilidades mediante me ter disponibilizado para a função, mas conto com todos vós, quero que a minha actividade seja ao jeito de árbitro do futebol inglês, ou seja, deixar jogar mas tendo por parte dos intervenientes, um forte sentimento de confiança que evidentemente será recíproco.
Não posso deixar passar em claro, que tal como Paulo Santos vai ao mundial por causa do biqueiro no poste do Bruno Vale, eu assumi esta responsabilidade pela indisponibilidade do nosso querido e único, Administrador Poirot, que irá marcar o defeso turco com uma transferência bem menos suspeita do que a do Hilário para o chelsea, boa sorte e com certeza nos continuarás a brindar com a tua opinião, o teu verbo e a tua inigualável sapiência, podem cair na tentação de me querer chamar administrador, mas penso ser justo que esse titulo seja atribuído de forma permanente a Poirot, enfim eu não passarei de um mero controlador de trafico aéreo, assumindo como está claro, as responsabilidades e deveres inerentes ao cargo.
A nova era que o Administrador deu início, irá continuar neste canto turco, não se pense todavia que irei tentar deixar a minha marca, porque a marca que se irá revelar é a marca de todos nós. Saudações turcas

domingo, maio 28, 2006

O dia seguinte...


Havemus Basturk!
Foi assim que em concílio Turco se decidiu o futuro do blog. Este novo turco em menos de 1 semana ascendeu de comentador a cronista e depois a administrador, este puto maravilha confirmou-se no que no meu olhinho de olheiro viu nele, naqueles campos pelados do porta larga, eu vi com este olhos que a terra há-de comer, que 1 dia este indivíduo teria cabedal para acompanhar a turcalhada. Passado algum tempo confirma-se, é sem dúvida por mérito próprio que ele obtem esta glória, apesar de não ter sido a minha escolha e não ter concordado com a mesma, terá todo o meu apoio para tudo o que precisar, viva a Basturk!
Quanto aos novos cronistas que pelos visto vão entrar na nova era do blog, sou um pouco céptico, nao pensem que tenho algo contra eles, mas o que antes era preciso conquistar com muito trabalho e espírito de equipa em jogos turcos, é agora conquistado na minha opinião por simpatia ou por outro tipo de ideias e amizades. Em conversa com o antigo administrador, vimos em conjunto que no futuro teriamos de ter cuidado nos possíveis membros do blog, pois meter para encher já bastou uma vez, penso que os que vão entrar provavelmente serão assíduos cronistas e muito provavelmente não deixarão de postar, não deixarão que este blog caia nas malhas da solidão como em muitas semanas foi visível. A vós e por mim, estamos a fazer meio ano de idade, eu e esta mesma crónica nunca vos deixou, mal ou bem, com piada ou sem piada, com muitos ou poucos erros com ideias ou sem ideias, eu estive sempre aqui, eu estarei sempre aqui até que um dia não possa escrever por motivos alheios ou paranormais.
Espero que cada um assuma a sua responsabilidade, que cada um não se deixe levar pela onda de mudança que se tem notado nestes primeiros dias, pois anda-se a comentar e a postar a torto e a direito, quero ver no futuro, quero ver daqui a poucos dias se esta mudança terá sido benéfica, se todo este novo entusiasmo vai levar a um novo e forte blog, não querendo ser um velho do restelo, quero ver para crer!
Quanto ao meu amigo e antigo administrador, gostaria de poder falar algo sobre ele, mas visto que por motivos pessoais e por não ter neste momento ideias para poder definir o quanto ele foi importante para todos nós, deixo e espero que daqui a 8 dias possa infestar nesta minha crónica com um lagar cheio de rasgados elogios para o nosso Poirot.
Assim a onda de mudança começou, eu próprio tenho novas ideias para a minha crónica, espero poder e valorizar este mesmo blog com o novo look por mim apresentado na próxima semana, irei me esforçar para vos dar a disfrutar com crónicas que não regem pelo alcool ou mesmo pela vida que nele se associa, vai ser difícil, mas vou tentar, o blog merece, os turcos merecem.
Deixo só aqui um aparte, espero que todos os outros não fiquem chateados ou mesmo tocados por esta minha ideia, mas acho que tenho todo o direito de no mínimo a poder expor, da poder elevar ao altar turco, da poder clarificar não como 1 desejo mas sim como uma valorização, assim, eu penso que para não desvalorizar os turcos que tanto no gramado, como no blog nunca deixaram de se afirmar, nunca deixaram de participar durante este meio ano, deveríamos formar um Senado Turco composto pelos membros fundadores desta cambada de bons rapazes. Assim este senado será a força maior de todos nós, a sua composição será pelos 5 turcos que entre nós estão desde início, eu, Poirot, Péricles, Guddink, (K)Night, terão de continuar a dar o exemplo, quanto aos seus poderes, deixo isso para um novo concílio, pois nem todos poderão aceitar esta mesma ideia ou nem aceitar esta mesma distinção para com estes turquinhos.
Fica dada a minha opinião, fica dado o meu apoio a Basturk, estão dadas a minha boas vindas a todos os novos membros deste clã, espero que interpretem este post não como uma crítica, mas sim com um olhar diferente do nosso futuro, shala oh!

sexta-feira, maio 26, 2006

Ultimato do Presidente da Assembleia Geral do Concilio Turco


Caros membros do nosso Blog, venho por este meio comunicar a todos os interessados, que logo á noite há Concilio Turco no restaurante Neca Magalhães a realizar-se pelas 21h. Claro que este Concilio será precedido de um jantar por forma a debater-se alguns pontos de vista entre candidatos. Relembro tambem a todos os possiveis candidatos, que terão que se apresentar diante do Presidente da Assembleia Geral para este por sua vez, fazer o auto dos mesmos e dar inicio á votação! Desde já vos informo que o Presidente da Assembleia, não poderá estar presente no jantar, mas como é obvio estará presente logo no final para dar como já disse, inicio ás votaçoes.
Agora meus senhores, chegou o momento da verdade, assumam-se de uma vez por todas e que vença o melhor. Espero tambem que o jantar seja bem regado, pois isto de Concilio sem vinho não é Concilio Turco!!
Ate logo camaradas!!
P.S: O presidente não pode beber como é sabido mas desde já vos comunica que está a pensar em abrir uma ligeira excepção, isto para o bem estar entre todos no Concilio!

quinta-feira, maio 25, 2006

Artigo 63.º do Regulamento Disciplinar da Liga(O recurso a tribunais comuns sem autorização da Liga e F.P.F.)
1.
Os Clubes que, salvo nos casos directa, expressa e legalmente previstos, submetam aos tribunais a apreciação de questões contidas na regulamentação desportiva serão punidos com pena de baixa de divisão.
O MEGAFONE sempre defendeu o cumprimento rigoroso da legislação desportiva. É a única maneira de evitar que o futebol se transforme definitivamente numa selva. O artigo do Regulamento Disciplinar da Liga que transcrevemos em cima não deixa margem para dúvidas.
O facto do Gil Vicente ter recorrido aos tribunais civis por uma questão abrangida na regulamentação desportiva, a utilização de Mateus como profissional depois de ter assinado um contrato de amador com o Lixa, está tipificado e a pena deve ser inequivocamente aplicada.Ao longo da época, verificou-se uma primeira queixa do Vitória de Setúbal, depois outra da Académica, finalmente foi o Belenenses a tentar salvar-se da descida na secretaria, é certo, mas com razão.Uma Liga profissional de futebol não pode basear-se na "chico-espertice".
Todos os clubes cumpriram os regulamentos, menos o Gil Vicente, que interpôs um processo num Tribunal de Braga e apresentou outro, disfarçado como sendo em nome do Mateus, num Tribunal do Porto, conseguindo com essa manobra dilatória utilizar o angolano em 4 jogos, conquistando 6 pontos. Tendo em conta que no meio deste processo também existe (mais) uma enorme demonstração de incompetência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, não é correcto que os gilistas sejam penalizados e haja um clube directamente beneficiado.
Toda a luta pela manutenção foi viciada.Sem Mateus, e não somando os gilistas os 6 pontos obtidos com o seu concurso, todo o final de época teria sido diferente, não sendo de esquecer que Vitória de Guimarães e Rio Ave, dois dos despromovidos, perderam pontos em Barcelos na recta final da prova devido à esperança de permanência que ainda animava os "galos".
Sendo assim, a única medida justa e adequada seria a manutenção a título excepcional da Liga com 18 clubes em 2006/07, cabendo ao Gil Vicente a despromoção e a vitorianos e vila-condenses serem incluídos no escalão principal.
Na Liga de Honra, e para manter os 16 clubes, determinar-se-ia a permanência de Sp. Covilhã e Moreirense, cabendo depois à FPF dar os acertos que fossem necessários na II Divisão.
Olhando aos desenvolvimentos de todo este imbróglio, importa sobretudo que haja uma decisão célere, justa, eficaz, exemplar e prestigiante das instituições desportivas. A perspectiva do MEGAFONE é polémica, pode ser rebatida, mas já sabem que não somos de ficar pelas meias-tintas. Abra-se o debate, até porque se trata de um processo que terá sempre recurso para o Conselho de Justiça da FPF. Entretanto, esta posta ficará em manchete deste projecto o tempo que for necessário para que tenha impacto notório.

MEGAFRAUDE DOS SELOS



As minhas cuecas podem estar descansadas, os meus selos são verdadeiros

..... Clientes, Fornecedores e Amigos também

"O BIDÉ CULTURAL"


Meus caros parceiros de desvarios e insanidades, assisto a partir do meu majestoso Bidé, a uma tentativa de assalto ao poder sem que o conteudo das propostas seja a alavanca para um ambiente turco, assente em pressupostos como a liberdade de expressão, a modernidade, atenção a novas propostas culturais, urbanidade, o divertimento, um ou outro convivio turco e daí por diante. Penso que estes pressupostos podem ser postos fortemente em causa por esse cronista, que se auto intitula de Justiceiro que quer, como é evidente, recuperar velhos dogmas e chavões que já não se enquadram nesta nova era, imaginem que já ouvi dizer que pretendia que todos os cronistas apresentassem uma declaração médica em como estão em periodo de ramadão!!! QUE É ISTO??? Como sou um integrante da facção Nova Era, sinto-me na obrigação de apresentar a minha disponibilidade para ser o próximo administrador, sem rodeios vos digo que assumo as minhas responsabilidades mas espero que outros assumam as deles. De salientar que sou um rapaz como já disse aqui neste blog, presa a continuidade, portanto em caso de recandidatura do nosso actual ex administrador ele terá o meu forte e empenhado apoio.

quarta-feira, maio 24, 2006

"O BIDÉ CULTURAL"





Gostava, como prova do meu enorme afecto, de enviar um grande abraço e um reconfortante beijo a todas as pessoas que nos visitam e que intitulamos por leitor. De notar, que o bidé age sem complexos e pré conceitos desde o início, vejam a forma subtil com que não explicitei para quem enviava o abraço e o beijo, deixando isso ao critério do leitor de forma a não causar melindre a qualquer tipo de comunidade, vejam esta imagem que transmite bem como deveremos ter cuidado nas abordagens e principalmente como é imprevisivel este nosso mundo.

Deveremos ser na minha óptica, uma sociedade que não tenha problemas em encarar a diferença, procurando limpar todo e qualquer tipo de comportamento que vise a descriminação quer de cariz sexual bem como quanto à cor das pessoas, ou qualquer outro tipo de descriminação. Sentado no azulejo, recostado no bidé vos digo sem medo e sem pressões, que pessoas que norteiam a sua vida sem respeitar o outro nunca serão respeitados nem se darão ao respeito. É necessário fazer uma limpeza completa desses comportamentos que vão conspurcando a nossa sociedade, sendo muitas das vezes impulsionados pela própria ignorância e má formação das pessoas, que aliados a condições de vida precárias fazem com que a descriminação a todos os níveis, seja uma problemática ainda a combater. São estas as razões que mais me atormentam e ao mesmo tempo me motivam para que a proliferação de “bidés culturais” sejam uma realidade por esse mundo fora. O bidé, e em concreto o seu interprete, tem como objectivo primordial, atingir um estado de harmonia e de paz entre todos, onde o amor, tantas vezes um sentimento omitido ou camuflado por vergonha, seja a força motora das nossas vidas, espero que percebam a mensagem e daqui por diante mais do que dize-la de forma fútil e pouco sentida, todos nós deveremos agir em conformidade com o que ela representa.

A ti caro Michael (K)Night...




Meus estimados cronistas, é por este meio que vos venho comunicar, que me auto nomeio Presidente da Assembleia Geral do Concilio Turco, e da autoridade que daí provém, quero daqui lançar um repto ao meu estimado companheiro Michael, o justiceiro, para apresentar a sua candidatura á administração deste blog. Meus caros, não quero com isto tomar qualquer posição em termos da minha orientação de voto, mas é mais que claro, que este blog necessita de uma mão de ferro, ou melhor, de uma mão Pimentista, e quem melhor que o nosso Justiceiro, para assumir essa função??!!! Até parece que estou a ver quais as primeiras medidas do nosso Justiceiro, como por exemplo a destituição do cargo de cronista do nosso Pericles, o regresso ao visual passado do nosso blog, enfim, uma serie de medidas drásticas...
Pois bem, lançado que está o repto, quero então deixar aqui presente que os requisitos para tu meu caro Justiceiro, apresentares a tua candidatura, é de 2 assinaturas, sendo que essas terão de ser obrigatoriamente de cronistas deste blog, podendo uma delas ser a tua! Não querendo ferir susceptibilidades aos outros possiveis candidatos, quero deixar claro que como Presidente da Assembleia estou como é obvio receptivo a outras candidaturas.
Aguardo pelas mesmas, com os meus melhores cumprimentos, assim me despeço de todos vós.
O Presidente da Assembleia Geral: Serguey Gudink

DA ESPLANADA DO MILENÁRIO - NOVA ERA



UM FIM-DE-SEMANA NO CAMPO OU MAIS UM FIM-DE-SEMANA SEM O CAMPOS? A VERACIDADE DE UMA E OUTRA
por: Péricles, pichichi
Estimado leitor, um renovado bem-haja!
Agastado e saturado da azáfama citadina, no fim-de-semana transacto decidi armar-me de malas e bagagens e escapar do meio urbano. O meu destino seria aquele que, as mais das vezes, é por mim esquecido, pois todos possuimos a incapacidade de valorizar aquilo que temos... Assim, o meu destino foi o campo, mais precisamente, a herdade que herdei de família. Uma vez lá chegado ganhei logo um outro ânimo, um outro fôlego. Através da varanda eu avistava aquele imenso campo verde e sentia-me bem, muito bem aliás...
As horas passavam e eu permanecia ali, impávido e sereno. Sempre estático, pensei que aquela seria das melhores imagens que teria alguma vez na vida. E prontamente comecei a estabelecer o paralelo com outros momentos, com outras imagens que me sucederam ao longo da minha existência e que me prenderam de igual modo. Meu caro leitor, após esse momento, eu voltaria "a viajar" por aquele Curso de Treinador de Futebol da Associação de Futebol de Braga, em 93...
Corria o ano de 1993. Por esta data, partilhava o mesmo sonho de muitos, o de Treinador de Futebol. E na senda de prossecução dos meus sonhos, inscrevi-me num Curso de Treinador de Futebol da A. F. Braga, almejando a ser um Sven Goran Eriksson ou simplesmente tentando ser o obreiro da readaptação do "Futebol Total" de Rinus Mitchell ao futebol moderno. Em suma, o desejo do mais comum dos mortais... Cheguei bastante cedo no primeiro dia. Entrei na sala de aula onde seria leccionada a primeira aula da cadeira de "O futebol ofensivo nas equipas da segunda metade da tabela" que tinha como Mestre Mister Vítor Urbano. E o leitor que me conhece sabe que primo sempre pela descrição... Por isso, naturalmente, sentei-me na última fila, encostado à parede. Os formandos iam entrando e apresentando-se: "Olá, eu sou o Mister Dito."; "Olá, sou Mister João Eusébio.", etc., etc. A sala de aula estava agora quase repleta. Sobrava um único lugar ao meu lado. Entra o Ilustre Formador Mister Urbano com um curriqueiro "Bom dia!", ao que todos os Formandos replicaram em uníssono "Bom dia Mister Urbano!". E eis que a porta se abre... Do lado de fora surge um vulto de estatura média/baixa, em inícios de calvície. O indivíduo dirige-se ao Formador: "Dá-me licença, Mister Urbano?". "Com certeza, jovem Mister" responde o Formador. E aquele homem de ar altivo dirige-se precisamente para o único lugar disponível naquela sala, a cadeira vizinha da minha... "Olá, sou o Mister Campos" disse-me ele. "Muito prazer! Sou Mister Péricles." retorqui eu. E logo aí eu denotei que estava diante de um homem com um carisma inexcedível e desde então nutri uma enorme admiração por aquele indivíduo de estatura média/baixa com quem tive a fortuna de privar! Era parceiro de carteira de LUÍS FILIPE HIPÓLITO REIS PEDROSA CAMPOS, natural de Fão!
No seio da turma de 93, cedo Mister Campos ganhou um marcado ascendente. A sua hegemonia era tal que se tivessemos de eleger um Delegado de Turma, esse seria, sem margem para dúvidas, o Mister Campos. E foi com naturalidade que Mister Campos alcançou a admiração de todos os que frequentavam aquele curso. Lembro, como se fosse hoje, as longas tardes passadas em tertúlia nos jardins da A.F. Braga... Era ouvir as estimulantes palestras de Mister Campos, lá de cima do pequeno rochedo, enquanto que, cá em baixo, sentados na relva, todos os formandos se deleitavam. Na mente de todos os Formandos daquele curso perdurará para sempre a dissecação de temas tão pertinentes como "A ineficácia do catenaccio italiano", "A defesa - uma linha essencial no campo ou um simples pro-forma?", "O fora de jogo como regra obsoleta" ou "Os 3 médios ofensivos - a tendência do futebol moderno". Temas estes que não eram de todo debatidos... Na realidade, Mister Campos não dava hipótese. Era um tubarão argumentativo! Ao invés de desinteressantes debates, Mister Campos iria-nos proporcionar, aos que tiveram a sorte de conviver com ele naquele curso, vibrantes monólogos acerca daqueles temas e muitos outros mais. Mesmo no aspecto curricular, Mister Campos era irrepreensível. Lembro do trabalho que tinhamos que realizar individualmente na cadeira de Tácticas e Esquemas. Pessoalmente, achei que teria ali a oportunidade de transportar o "Futebol-Total" de Rinus Mitchell para os dias de então, com algumas nuances e variações. Na véspera, tremia como varas verdes... Achava-me incapaz de expôr as minhas ideias, fazer com que elas vingassem. E como todos os que se encontravam num mar de duvidas, liguei ao Mister Campos. Prontamente lhe disse: "Campos, o que é que eu faço?". E a sua resposta ainda hoje ecoa na minha mente como os sinos da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira: "Péricles, não deixes que os teus sonhos desabem como um baralho de cartas... Ressuscita o que de melhor já viste mas cria e inova em simultâneo, pois terás de ser sempre um camaleão táctico...". Dormi bem mais descansado. E no dia seguinte, após a exposição do meu tema, fui felicitado por todos. Ao fundo da sala, Campos sorria... E eu, no meu verdadeiro íntimo, estava-lhe eternamente agradecido. E soube aí que Campos iria ser um caso de enorme sucesso...
Volvido um ano, caminhos separados. No final do curso, em 94, rapidamente conclui que se enveredasse por uma carreira de treinador sucederia uma de duas coisas: ou as quatro linhas seriam demasiado pequenas para mim ou seria engolido por elas! E assim optei por um trabalho de bastidores, mais abrangente e reservado. E assim me tornei naquilo que sou hoje: um simples olheiro em torno do futebol. Mas Campos, esse, nunca poderia ser isto... Campos era um verdadeiro "animal" da bola! Era um homem de acção, de flashes e objectivas! Campos não sobrevive sem "sentir o cheiro da relva". E de forma natural, Campos ingressava no colosso Esposende como treinador principal para a época 94/95. E Campos continuaria a sua escalada numa gestão racional da sua carreira, passando pelo Deportivo de las Aves, regresso ao Esposende, Leça e Panafiel, até à época 2001/2002 quando Campos ingressa na 1ª Liga! No Gil Vicente, após seis ou sete jogos, temos Campos no lugar que merece: é um dos "mosqueteiros" da nova vaga de treinadores portugueses, figurando ao lado de José Mourinho, José Peseiro e Carlos Carvalhal. Surpreendentemente, é nesta fase que começo a sentir uma certa mágoa em relação ao meu amigo (porque não dizê-lo...) Campos. Quando a sua carreira adquire uma curva claramente ascendente, Campos parece esquecer-se da sua base filosófica, daquele curso de 93. Instado a opinar sobre o seu colega José Mourinho, Campos declara o seguinte: "É um relacionamento que tem poucos anos, mas de amizade, e que tem vindo a crescer. José Mourinho estudou em Lisboa, eu estudei no Porto. Conhecemo-nos nos encontros de treinadores e nos cursos e a admiração entre um e outro foi crescendo aos poucos". Enfim, Campos vendeu-se! Esqueceu-se de um dos pilares mais resistentes do nosso próprio sucesso: as nossas raizes! Pois só seremos bem sucedidos se não nos esquecermos daquilo que somos. E Campos pecou quando se quis juntar com um Mourinho qualquer... Perdeu não apenas capacidade como também a própria identidade. E viria a pagar bem caro por isso...
E ei-nos na mítica época 2002/2003. A época denominada de "Chernobyl Campos". Campos orientava o histórico Vitória sadino. Por pouco tempo, pois em breves jornadas ninguém melhor que Mister Campos terá ouvido o estalar do chicote... Mas certo é que cedo Campos se re-ergueu das cinzas e na segunda volta assume o comando técnico do Varzim, equipa que efectuara uma primeira volta brilhante, vindo mesmo disputar o quarto posto a "Felgueiras Ataturk" diante do Vitória de Guimarães. O desfecho dessa época é por todos sobejamente conhecido: desce Vitória de Setúbal e Varzim! E Campos não era afinal o tubarão argumentativo que eu conheci... Campos era agora o "Campas"! (Não perfilho a tese daqueles que defendem que Campos desceu não duas mas três equipas durante a época em análise. A tese é simples: na penúltima jornada já o Vitória de Setúbal tinha descido e a Académica impunha uma pesada derrota por o-3 no reduto do Varzim. O Varzim visitava o igualmente aflito Santa Clara na derradeira jornada e se vencesse mantinha-se, caso a Académica perdesse. O Santa Clara mantinha-se em caso de vitória. Resultado? 2-2!!! Desce Vit. Setúbal, Varzim e Santa Clara! Apesar do argumento de que "não há duas sem três", não posso aceitar que alguém possa ser tão macabro...)
E a marcha até ao inferno não ficaria por aqui. Imagine o estimado leitor que Campos rumaria na época seguinte até Barcelos. Da história contada, pouco se iria alterar: chicotada em Barcelos, ingressa no Beira-Mar na segunda volta. Beira-Mar desce e no último posto, o Gil safa-se à tangente. E não mais nós vimos Campos... Ou seja, Campos desabou, como um baralho de cartas...
Da minha varanda eu avisto este imenso campo e vejo como ele está verde... E todos os dias folheio os jornais e denoto como o Campos "está verde"... Campos, eu implorava o teu regresso! Eu recuava 13 anos para te poder ouvir! E faria isto tudo porque quero voltar a sorrir... Se o futebol é uma festa, então ele precisa de ti! Mas sei que não voltarás... Sei que tu sabes que perdeste o teu espaço... E sei que não voltarei a sorrir. A ti,
"CAMPOS, TU ANDARÁS SEMPRE SOZINHO!!!"
Aquele abraço,
PÉRICLES

terça-feira, maio 23, 2006

Onde Está o Wally?


Retirado do site www.oa.pt (Delegação de Guimarães)
Aí está a constelação de estrelas da GLXLTM debaixo dos flashes fotográficos da numerosa vaga de jornalistas que acompanha este majestoso e grandioso (só se for na barriga) torneio de futebol de sete.
Fica a imagem para a posteridade!

O diálogo do dia


Poirot: "Então Jardi? E essa queima?"

Jardi: "Só fui três dias... (pausa longa) Pareciam trinta!!!!"

Um abraço

Às mulheres da minha vida


Há dentro de mim uma necessidade premente de me distinguir perante os outros. Não para me sentir melhor ou pior, simplesmente para ser diferente. Detesto que me olhem como mais um que compõe o rebanho. Por isso mesmo, hoje apetece-me dotar o nosso estimadíssimo blog com o seu lado mais romântico. Apetece-me brindar às mulheres. Ontem deitei-me assim e assim acordei. Talvez por isso, tenha mimado a inigualável Carolina, manhã cedo, via sms. Está bem que o faço todos os dias mas hoje fi-lo de forma mais especial. Porque ela merece. Agora, a ouvir a “Let me kiss you” do grandioso Morrissey, a inspiração voltou aos píncaros. Daí que me dirija a todas as meninas que, de uma maneira ou de outra, fazem parte do meu mundo. Quero que se sintam no ar, como quem voa nas asas de uma andorinha. Quero ver-vos levitar, tal e qual os homens levitam por vossa causa. O vosso toque é incrível, a beleza intacta e a amizade inesgotável. E é nesta condição, como amigo, que mostro o quão importantes são na minha vida. Meninas como vós não existem, prive eu convosco há muito ou há pouco tempo. E não me canso de dizer que, como já segredei a uma de vós, só aprendo a dar valor a quem gosta muito de mim com o tempo. Penitencio-me por isso. E isso é o meu maior defeito. Luto para conseguir inverter este rumo diariamente e talvez esteja agora a escrever em forma de homenagem. Acordei assim, bem disposto. Disposto a fazer deste dia, um dia diferente para vós. É como eu digo, a loucura invade-me e eu debito baboseiras desta natureza. Ou será que não é assim tão estúpido? Seja ou não, espero que tenham gostado. É o meu tributo às mulheres que me acompanham e que sabem o tamanho que ocupam no meu coração. São vocês que me ajudam a voar…

Um beijinho.

"O BIDÉ CULTURAL"



Antes de começar a dissertar, gostaria de me dar a mim próprio as boas vindas e esperar, que as crónicas permitam ao leitor passar um bom bocado e que o sorriso seja uma constante, por mais que não seja, esta ser a forma mais bonita que o ser humano tem para se expressar ou então que se limite a pensar é incompleto mas já não será mau. Foi um choque para mim ter que começar a escrever para este afamado blog, não me quero no entanto limitar a um tema ou área específica dando a mim próprio liberdade de intervenção e de expressão, fazendo de mim um vagabundo nesta blogosfera. Por ventura, para que o meu estimado leitor saiba com quem está a lidar e o que esperar, me encarregarei de nesta primeira abordagem tentar explicar a linha do meu pensamento, caracterizo-me como sendo uma pessoa preocupada pelo próximo, atenta aos fenómenos da sociedade e em particular das particularidades que proliferam e que tanto nos encanta e estimula a discussão, mas que ao mesmo tempo tanto nos faz questionar se o “Bidé Cultural” é de facto utilizado neste nosso meio, se é nele que nos encontramos ou se o deveremos utilizar mais vezes. Será que estamos perante uma tentativa por parte de todos os meios de comunicação, sociedade e mundo em geral de nos cingir a um simples bidé rejeitando de imediato a eficácia do mesmo, duvidando da nossa capacidade de pensar?? Será o nosso bidé capaz de cumprir a função de limpar tudo o que se apresente como um atentado à racionalidade, urbanidade e inteligência?? Meus amigos perdoem-me esta presunção, mas do que de mim depender serei um acérrimo defensor da utilização do bidé e da sua eficácia, para denunciar tudo o que de mal nos tentam fazer ou impingir, jamais cederei a pressões nem será uma qualquer central de informação que determinará a linha do meu pensamento. Espero que a nossa cultura e a nossa sociedade, sofram o fenómeno da proliferação do bidé para limpar de vez, com pensamento ocos, com a vacuidade e que o estimular da nossa consciência critica seja uma realidade. É isto que vos espera, uma denúncia, mas também o revelar de comportamentos dignos de nota até já……

A verdadeira História do Pinoquio


Realizador: Steven SpielbergIntérpretes: Haley Joel Osment, Jude Law, Frances O`Connor, Sam Robards, William Hurt, Brandan Gleeson

A.I. é uma experiência absolutamente fascinante e provavelmente o filme mais brilhante da carreira de Steven Spielberg. É um dos filmes mais visionários, fantásticos, e bem feitos dos últimos anos do cinema americano. Após cerca de duas horas e meia de filme há pelo menos uma "certeza", a de que estamos perante um filme único, com um argumento excepcional, completamente afastado da maioria dos filmes actuais, baseados em fórmulas desgastadas que dominam a produção americana.

A história desenrola-se algures no futuro, onde surge a ideia revolucionária de criar o primeiro robô, programado para amar. O casal formado por Henry e Monica, cujo filho encontra-se congelado, à espera de uma cura para a doença que lhe aflige, irão ser escolhidos para adoptar David o menino-robô. Só que a relação que se estabelece entre eles (em particular entre David e Monica) nada tem de "robótica". É humana, no sentido mais amplo do termo.

David será protagonista de uma história fascinante, porém amarga, já que na saga deste Pinóquio futurista, os humanos não costumam retribuir amor com tanta devoção.

Foi ouvindo a mãe contar a história de Pinóquio para o filho "verdadeiro", que David fica sabendo dos poderes da Fada, de transformar um boneco em um humano. David, na sua ânsia para transformar-se num menino real, procura a Fada Azul da história de Pinóquio.
Os problemas de adaptação, a crise existencial de um menino andróide que se identifica com a história de Pinóquio, os conflitos com o filho "real" do casal que o adoptou, tudo isso é apenas o começo do filme. A pontinha de um iceberg cinematográfico que revelará cada vez mais surpresas e colocará cada vez mais questões: O pequeno robô pode ser considerado humano, porque ama? Ou talvez o facto de só saber amar, e nada mais, o torne essencialmente artificial?
Inteligência Artificial tem o incrível poder de se renovar a cada cena, conseguindo surpreender tudo e todos. Quando o espectador se prepara para a ficção científica, o filme transforma-se num drama. Quando o drama se aprofunda, ele se transforma numa estonteante aventura para finalmente se transformar numa fábula.
E quando o desfecho parece próximo, o argumento dá um salto gigantesco. No tempo, no conteúdo, na emoção. O filme pula 2 mil anos (bíblico, não?) para fazer uma revelação sombria sobre o futuro da humanidade. Uma nova visão dos robôs – esguios, metálicos, em naves incríveis nunca antes apresentadas no cinema – impõe-se à história com notável sensibilidade e genuína arte.
O tão criticado final de A.I., no fundo, não é mais, do que a "moral" da história. Lembram-se das fábulas que vos contaram na infância, as quais no seu final continham sempre a "moral" da história? Onde é que já se viu uma fábula, digna desse nome, sem "moral" da história?
Que mais posso dizer...
Uma obra-prima, uma lição de cinema.
Confesso que uma parte de mim gostaria que o final fosse com David sentado do lado de fora do edifício: a câmara filma de baixo para cima, vemos em primeiro lugar os sapatos de David, com o pormenor destes terem os atacadores desapertados (um sinal de abandono: que mãe deixaria o seu filho andar assim?), o olhar perdido (que, por si só, valeria quase o óscar para o desempenho extraordinário de Osment) e, por fim, o mergulho em direcção ao fim.
Muito se discutirá sobre onde acaba a contribuição de Stanley Kubrick que, durante muitos anos, preparou este projecto e o labor de Spielberg que, depois, o herdou dele.
Claro que será interessante saber de que modo o segundo recebeu e reconverteu o trabalho já desenvolvido pelo primeiro. Em todo o caso, creio que nada disso será indispensável para ler um filme que, para todos os efeitos, se apresenta como directed by Steven Spielberg e, na derradeira legenda do genérico final, inclui uma simples e, sabemos, sentida dedicatória: para Stanley Kubrick. Fica a dica...

segunda-feira, maio 22, 2006

Nova Era

Eis que chegamos a um momento de viragem. Como já deverão todos ter reparado, o blog vive actualmente uma fase de reestruturação. Podemos até afirmar que o Ambiente Turco é hoje um mutante, tal e qual as flamigeradas turtles dos anos noventa. Como tudo na vida se transforma, também nós resolvemos encerrar um ciclo para abrir outro bem melhor. Mudamos a configuração, dispensamos os que não interessavam e vamos adicionar Basturk ao rol dos gloriosos cronistas deste blog. Se tudo mudou, e como aqui não há lugares cativos, resolvi colocar o meu trono à disposição. Não sei se estão satisfeitos comigo ou não. Também não me interessa nada. Quero é mostrar que não sou pretensioso e que não estou agarrado ao poder. Se entenderem que devo continuar muito bem. Se não, terão oportunidade de escolher, em forma de votação, o próximo Admnistrador deste magnífico blog. Encerro, desde hoje, as minhas funções e bem ciente do orgulho que me trouxe ser o líder desta agremiação durante cinco meses. Muito obrigado a todos!
Um abraço,
Poirot (ex-administrador)

domingo, maio 21, 2006

O dia seguinte...

Um bem haja a toda a Turcaria.
De corpo entregue á cama, venho mais uma vez dar duas de teclas, para gáudio de todos os meus fãs, que não perdem uma única crónica minha.
Pois mais uma vez, o meu post vai ser desenrolado pelo inevitável tema ou assunto, alcool. Assim dou um bem haja, o mestre não deixou os relvados, teve foi de passar para relatador radiofónico, ficou mais longe de todos nós, mas não deixou o meio futebolístico, viu-se a sua alegria aquando do meu convite este sábado para matar saudades no nosso centro de estágio Piponello séc.XXI.
Mas, será que se lembram de um post por mim elaborado neste mesmo blog sobre as míticas motas Zundap? será que se lembram do conteúdo do mesmo? bem, se não se lembram pesquisem atrás e vão ler, pois vi que esta semana, muito daquilo que eu disse é pura verdade e valerá a pena um dia nos juntarmos numa terra mítica e abundante destes mesmos velocípedes, pois onde há muitas zundaps, há muito vinho, aqui vem uma notícia por mim descoberta durante a semana.
" Um individuo de 36 anos, envolvido num acidente no dia de Páscoa (16 de Abril), em Fafe, viajava com uma taxa de álcool de 7,46 gramas de álcool no sangue, revelou a da delegação do Porto do Instituto de Medicina Legal ao Jornal de Notícias. Segundo o JN, esta é a mais alta taxa de que há registo em automobilistas portugueses.
O acidente ocorreu por volta das 16 horas. O indivíduo seguia na sua motorizada e embateu na traseira de um automóvel que seguia no mesmo sentido, numa zona com bastante visibilidade àquela hora do dia. O teste de alcoolemia foi feito três horas após o sinistro. "

Bem, 7.46? eu penso que qualquer turco no fim de qualquer jantar jamais terá esta módica quantia de alcool no sangue, por isso não acho estranho que uma pessoa que conduza uma zundap, de certeza que era uma zundap, possa conduzir todo mamado pelas ruas de uma grande cidade como Fafe, penso até, não revela o jornalista, que o próprio indivíduo deverá ter sido distraído pelo traseiro de alguma beldade que por ali andava, ficando ele mesmo entusiasmado não deixando aquela mesma visão por ali, dizendo em alto e bom som, ó boa queres vir dar uma volta?
Pimba, coitado do homem, já não pode mandar 1 piropo, tirar uma catota do nariz em pleno acto de condução, pois pode sempre um palerma estar a dar um passeio em família e parar para qualquer acto de inexplicável curiosidade das montras ou de qualquer loja que se encontre no percurso, depois a culpa é de quem bebe, eu fico indignado!
Apareceu um médico a explicar o quanto 7.46 poderá afectar um indivíduo na função e na arte de bem conduzir a mota.
"«Só me admiro como conseguiu manter-se em cima da mota», disse ao JN o médico Novais de Carvalho. Uma taxa de 7,46 g/l sangue interfere com o sistema nervoso central, provoca descoordenação de movimentos, graves perturbações de visão e ainda perturbações alucinatórias.
Apesar do teor de álcool no sangue, o indivíduo conduziu o seu ciclomotor durante cerca de três quilómetros até embater."
Fica claro que o homem não teve alucinações, que realmente poderá ter visto mesmo o traseiro de uma bela Fafense, alguém duvida? Ele na sua desgraça física conduziu a mota 3 kms, não será um record do guiness? OU, será que a zundap já lancou um modelo com autocondução semi-automática, ao qual só uma anomalia do chip do veículo que tem como função evitar colisões fez com que este pobre desgraçado caia nas mãos da justica podendo mesmo ficar sem carta para sempre? Eu prefiro culpar a gaja e lembrar que 7.46 não é para qualquer 1! Este homem merecia a TUNI HERRERA... Shala oh!


http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=683660

quinta-feira, maio 18, 2006

O adeus aos relvados de José Maria Pedroto


Pois é meus caros companheiros, regressei á escrita neste blog, num momento de tristeza profunda, pois como é sabido "O Mestre", terá que abandonar os relvados, forçosamente, durante uns meses por problemas derivados do intenso campeonato a que foi sujeito, ele e toda a sua equipe!! Como tal e neste contexto será dificil, o mestre acompanhar os seus pupilos na digressão por essa Europa fora! Certo é que tudo farei para que a minha presença se confirme entre os viajantes, pois é certo e sabido que iremos espalhar "MAGIA" nesses dificeis campos europeus!
Será tambem com muita pena minha que estarei ausente da pré-epoca que se inicia no mês de junho, mas contarei com um homem de peso para me substituir, que tem vindo a ser uma agradável surpresa, porque não mm uma afirmaçao de pura classe na arte do penalti, de seu nome BASTURK!! Pois é meus caros, Péricles, Tuni, Cimento, Poirot, Michael e Kemal, este será o vosso proximo mister durante uns tempos, e de uma coisa vos garanto, com o ritmo que ele anda, vocês terão que se esforçar muito, mas mesmo muito nos treinos pois, "correr" com Basturk tem muito que se lhe diga!!
E pronto está aqui anunciada, o que já há algum tempo era esperado pelos leitores, a minha despedida dos relvados ( que saudades terei do famoso GIUZEFA MEAZZA, bem como do PORTA LARGA sec.XXI, entre outros) mas uma despedida que não é concerteza um adeus mas sim um ATÈ JÁ TURCALHADA...
Um grande abraço para todos e já agora queria descansar os meus ouvintes, pois apesar da minha ausencia dos relvados, os relatos de Lazaro Nunes continuam... Pensavas que te safavas TUNI MICCOLI....!! Enganas-te!

O novo Afonso


Quase que pagava para ter uma foto desde homem, o meu caro vizinho e nosso Afonso Henriques, até que no site oficial do Vitória, deslumbrei o que para mim é uma relíquia.
Este ser que acompanhou sempre o vitória na sua fase mais negra, sempre trajado a bem rigor, ouvindo-se falar da sua espada de plástico que não entrou na Luz até á sua ultima de esferovite, essa sim já com autorização para entrar nos estádios.
Muitas histórias já vocês ouviram-me contar sobre este homem, que só por ocasionalidade é meu vizinho, prometo que numa excursão turca no próximo ano o convido pessoalmente para nos acompanhar, num promissor piquenique! Um bem haja a este senhor! Shala oh!

Uma palavra de apreço e as sentidas condolências de toda a turcaria ao Senhor Manuel Alves Machado, com 99 anos de idade, que só era o sócio nº 1 do Vitória. Descansa em paz!

terça-feira, maio 16, 2006

APITO ESTRAGADO


Caros Turcos:

Como estarão já sobejamente prevenidos iniciou-se o torneio de futebol da advogadagem e pessoal ligado à actividade forense no Complexo Desportivo Dr. António Pimenta Machado.
Como é fácil de perceber bastou um dia para que este Torneio adquirisse visto para ser objecto de critica mordaz junto da Turcalhada e amigos.
Pena foi que a Liga dos Últimos não tenha estado presente, bem como, alguns turcos com o respectivo grelhador de bolso e o famoso e suicida vinho Tomba Lobos directamente dos porões do Pipo do Tuni.
Nada mais falso...depois de um assustador desaparecimento, dei de caras com o flamigerado Bola d´Ouro que deu um ar de sua graça no gramado...
No final era ver as críticas ao torneio depois de uma óbvia derrota: "A bola não presta, salta muito!" disse o nosso Bola D´Ouro.
Não faltou nada para condimentar o ambiente...para além da natural porrada belha, barriguitas e pés de chumbo, estavam lá também os fotógrafos (parece mentira, mas não é! Aliás quem quiser confirmar é só lá aparecer na 5ª para assistir ao jogo do meu time, uma vez que só me vou equipar prá foto...em virtude do sobredito motivo).
A cerejinha no topo do bola não estava longe e vestia de preto, melhor de amarelo e era um Collina... e que Collina!!!!!!!!!
Depois de se ter enganado e acabado um jogo 10 minutos mais cedo (foram 2 jogos), acabou por entornar o caldo ao esbarrar contra um jogador...o jogador irritado insultou-o e o shôr árbitro não teve meias medidas...
O caro leitor deve estar a pensar que o Collina expulsou o exaltado jogador!
Nada mais falso...apitou falta a favor do mesmo!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Chacota geral, como devem julgar!!!
Além de uma série de ceifadas na já atormentada arbitragem portuguesa!
Mas haverá mais...todas as semanas no referido Complexo às 2ªs e 5ªs!!!!!!!!!!!!!
Saudações Turcas

CONVOCATÓRIA!!! MUITO IMPORTANTE!!!


Caros participantes da "tourneé" turca,
venho anunciar que já se encontra dísponivel o nosso "GPS", vulgo, o site www.bahn.de, dentro das datas previstas para a alucinante viagem. Deste modo, é chegado o momento de convocar o Concilius Turcus de modo a efectuar um rigoroso planeamento da mesma. Assim, estarão convocados os Ilustres "bag packers" abaixo indicados para comparecerem no CiberCafé, sexta-feira (19/05) pelas 19:30. A escolha deste local deve-se à necessidade de reunir diante de um computador.

Aos 16 do mês de Maio do ano de 2006.


PÉRICLES

TUNI

POIROT

S. GUDDINK

MICHAEL KNIGHT

E. CIMENTO

KEMAL ATATURK (Knight, avisa este palerma que ele já não deve ver o blog...)

Quem nao se lembra - o meu nome é Ze Piqueno Caralho


Realizador: Fernando Meirelles
Intérpretes: Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Seu Jorge, Matheus Nachtergaele, Phellipe Haagensen,...

É uma ironia tipicamente brasileira que um bairro do Rio de Janeiro baptizado Cidade de Deus seja um dos maiores antros de actividades ligadas ao diabo, desde o tráfico de droga até ao negócio das armas ilegais. Se Deus existe e é mesmo brasileiro, não deve achar piada nenhuma. (Ou então compreende perfeitamente)

«A Cidade de Deus», o filme-sensação brasileiro de Fernando Meirelles e Kátia Lund , além de contar a génese daquela que é uma das mais perigosas favelas do Rio, contada através das vidas (algumas muito breves, porque interrompidas à bala) de um punhado dos seus moradores, é uma obra que vale por dez programas de televisão, 20 discursos de políticos e 30 teses sociológicas sobre a fatalidade da pobreza e as causas da criminalidade nos morros.

Quando a violência é uma linguagem e a sobrevivência uma palavra escrita com sangue, quando as crianças matam a rir e são estropiadas ao som de gargalhadas, a vida corre mais depressa do que uma galinha a fugir da navalha. Lá, na Cidade De Deus.
"Cidade De Deus" é o nome de um conjunto habitacional construído nos anos 60 que se veio a transformar numa enorme favela dos arredores do Rio de Janeiro e um centro dos negócios do tráfico de drogas no Brasil. O filme com o mesmo nome faz um retrato cru e fascinante do percurso dos meninos do morro, que se vieram a tornar em mega-traficantes da favela no início dos anos 80.
Pelos olhos de Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem pobre, negro e sensível que cresce naquele universo de violência, vemos reunir os escombros de uma grande história real. Buscapé tem o sonho de vir a ser fotógrafo, e é a sua falta de coragem para entrar no crime que o vai colocar no centro de uma das maiores guerras de quadrilhas do Rio.

A cidade que cresce e cerca o bairro sem luz, sem escolas, sem saneamento, esquecida do governo... É aquele povo sem esperança e sem emprego que vai penetrando na criminalidade, pelo pequeno furto até chegar à maioridade: drogas e armas. O filme disseca a estrutura da violência, do tráfico e da corrupção em que se instala. Mas para lá disso, a sua história transmite-se nos pequenos detalhes, nos gestos de amizade, de corrupção, de culpa. O realismo da linguagem e das imagens é total. Este é um grande filme brasileiro e um grande filme em língua portuguesa.

"Cidade de Deus" é um filme super bem concebido, com grande emoção que deixa uma pessoa completamente fixada na história. É demonstrado neste filme a verdadeiro lema das favelas que é a violência, o irem gaiatos traficar, o matarem e sem dúvida a ambição desmedida (Zé piqueno - ao querer ser dono da favela). Por outro lado mostra a coragem e a amizade, como a personagem de "Buscapé" é o mundo do "Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come".

Poucas vezes um filme mostrou de forma tão simples e convincente -a história de Mané Galinha- como é que um homem honesto pode acabar por virar criminoso contra vontade, por ter de viver todos os dias num ambiente desfavorável à honestidade. Raras vezes um filme contou de maneira tão clara e verídica -a história de Buscapé- como é que um miúdo pode salvar-se de uma vida de crime quando tem o meio e as companhias e a estatística contra ele, por encontrar uma vocação, agarrar-se a ela e ter sido privilegiado à nascença com mais uns 10 por cento de sorte do que os seus amigos do bairro.

No entanto, o cineasta jamais permite que o estilo se torne mais importante do que o conteúdo, provando que a violência daquele mundo é ainda mais chocante do que poderíamos imaginar.
E que é pior: inevitável, já que, no calor da guerra, um tapa no rosto pode se transformar em motivo suficiente para se matar alguém. Há uma cena, em especial, que se torna particularmente aterrorizante ao ilustrar algo que é um fato: não há crianças em um campo de batalha; todos são soldados - e Zé Piqueno aplica esta regra com ferocidade quando um grupo de garotos assalta uma padaria protegida pelo tráfico.
Como no momento em que Zé Piqueno caminha ao lado do seu gang depois de espancar Mané Galinha e, de repente, pára e diz: 'Peraí! Por que não matei aquele filho da puta? Vamos voltar, galera!'.
Aliás, o grande trunfo de Cidade de Deus diz respeito justamente à veracidade que seu elenco confere à imensa galeria de personagens: protagonizado basicamente por actores amadores (habitantes da favela), o filme apresenta ao público uma série de rostos novos que certamente merecem todo o sucesso do mundo: Leandro Firmino da Hora, como Zé Piqueno, é absolutamente assustador; Alexandre Rodrigues, como Buscapé, confere um centro de sanidade
à história; e os irmãos Jonathan e Phellipe Haagensen cativam o espectador nos papéis de Cabeleira e Bené, respectivamente.

Divertido, inteligente, tenso e sempre interessante, Cidade de Deus não se furta de retratar a corrupção policial e marca pontos extras ao mostrar a hipocrisia daqueles que, ao mesmo tempo em que denunciam o terror do tráfico, alimentam a indústria ao comprar seu inocente "BASEADO". Fica a dica....

domingo, maio 14, 2006

O dia seguinte...

Um grande bem haja turcalhada!
Aí está, o futebol não nos sai da cabeça, hoje mesmo esteve em equação um possível "piquenique turco" para que o jogo que se realizou no estádio Municipal de Oeiras, passa-se despercebido para todos nós. Ainda bem que não foi a bom porto este mesmo evento, estava mesmo a ver o Justiceiro a mudar completamente o seu último post, meu caro, a ti te digo, continua assim, daqui a uns tempos ninguém se lembra de mim, acho que vais ser eleito o "Hugo Almeida" da turcalhada, um grande bem haja a ti.
Continuando, este fim de semana em plena sessão desportiva na noite Vimaranense encontrei-me com 1 senhor que faz parte do Mundo Vitoriano, Djurdevic, este mesmo estaria bem cansado por toda a actividade física por ele desenvolvida nessa mesma noite. Mas, ao jogador que chorou pelo Vitória, ao jogador que quando jogou em Guimarães aquando do segundo golo da equipa do restelo, não celebrou, indo de cabiz baixo para o meio campo, ao jogador que a muitos adeptos já afirmou que quer voltar para cá, lhe digo, com treininhos como o último, mais posso afirmar que temos defesa ou extremo esquerdo com garra, atitude, amor á camisola, posso afirmar que até poderia jogar na selecção do ambiente turco, bem apoiado neste momento pelo nosso Hugo Almeida em plenos momentos decisivos, que dupla, que timoneiros, até lhes acho com grandes parecensas, mais que não seja nos pés presos por arames.
Sem querer denegrir mais a imagem do nosso caro amigo Justiceiro, constatei que o fenómeno de cerveja com alcool nos estádios está a motivar a turcalhada e muita mais massa adepta vitoriana, que teme só neste momento pelos jogos que se poderão efectuar de madrugada, vamos ter que fazer 1 abaixo assinado.
Propagando mais novidades, deparei-me que afinal Benachour poderá estar de malas aviadas para o Benfica e que até Sagan poderá estar também num possível negócio com os encarnados, vou ter de gramar com este senhor mais um ano, um jogador de qualidade técnica inegável, mas sem garra e sem amor á camisola que veste, espero que se assim for, o Barbas lhe dê com uma paulada no início da época, para lhe mostrar que não é só em Guimarães que há adeptos ferrenhos.
Mas meus caros, vamos de certeza na próxima época avistar por terras vimaranenses, mais que não seja para os almoços de Domingo em família, a filhinha do nosso timoneiro!
Eu penso que esta senhora com qualidades físicas inegáveis será o trunfo que Norton de Matos usou em Setúbal e que poderá usar cá, a menina entra em top no balneário antes dos jogos e...temos motivação extra conseguida, ou como é que acham que com ordenados em atraso ele conseguiu meter os jogadores a correr e a ganhar jogos em Setúbal? Era com falinhas mansas ou com a promessa de receber no fim do jogo não? era a meter a filha de top com a promessa de em caso de vitória no fim do jogo haver um Strip table. Alguém duvida? Somos únicos mas a tua filha Norton também se pode dizer que é única, não acham?Shala Oh!


Travessia no Deserto!


Cara Turcalhada os meus cumprimentos:

Venho de uma forma já saudosa declarar em primeira mão o início da tormentosa caminhada até ao ínicio do Mundial (que por sinal é também dia de jantar turco em honra dó nosso Poirot) sob a égide do RAMADÃO!

Alguns poderão começar uma risada delirante em virtude das "tragédia" que o alcool nas últimas semanas me tem proporcionado, no entanto, para que as minhas palavras sejam atendidas também lanço um repto:
QUEM ME VIR NESTE PRÓXIMOS 26 DIAS A BEBER UM TRAGO , SEQUER, DE ALCOOL TERÁ DIREITO A UMA BOTELHA DE VINHO POR MIM OFERECIDA!

Está o pânico instalado!
Já agora aproveito também para desafiar aqueles que ecoam promessas de semelhante sacrifício que façam uma promessa como a minha para que os seus dizeres não caiam em saco roto!

Este post foi elaborado em honra do nosso inigualável mestre Zé da Boina!
Estamos contigo mister!

O Justiceiro

sexta-feira, maio 12, 2006

O Toque de Midas

Esta é uma história que partilho convosco, relato esse que só a mim diz respeito. Nunca antes, neste blog, se viu um post igual. Partindo daqui, digo-vos que estas palavras se centram unicamente em torno de um só individuo. E quão difícil é para mim fazê-lo! Não só por ser algo que não vai de encontro ao meu feitio, mas também porque se trata, somente, do maior amigo que algém pode ter. O Ambiente Turco, embora não tenha com ele acentuado contacto, já ouviu e viu das suas. Ele é um rapaz que não há. Não o digo para lhe agradar, pois sabe bem que raramente ouve elogios da minha parte. É incrível a amabilidade, o carinho, a loucura e os devaneios. Faz do telemóvel a sua segunda casa e já conseguiu ser reconhecido no México. Conhece mais gente que o Bush e é mais conhecido que o Maradona. Onde aparece é uma revolução. Cumprimento aqui, apertão acolá, beijo além. Quando o conheci pareceu-me um ser abominável, pareceu-me tudo fachada. Não gosto de protagonismo e ele é precisamente o contrário. Tive o cuidado de o tentar perceber. Uns dizem que ele é assim, simpático, com toda a gente mas não. Acho que sou dos poucos que sabe lidar com ele a sério. Talvez seja esse o motivo de se ter aproximado tanto de mim. Tão perto, que é o único amigo a quem dou beijos na boca. Em seis anos de amizade nunca, mas NUNCA mesmo, me recusou o que quer que seja. E isso é algo só ao alcance dos maiores, só ao alcance dele! Lembro-me das vezes que me trouxe a casa, dos cartões cheios no Areia, dos bilhetes à borla para tudo e para nada. Faz da casa dele como se fosse a minha, chegando ao cúmulo (!!!) de me querer dar uma cópia das chaves da sua habitação. Fez-me pensar que para tudo arranja solução. Admito, apenas, que me escapou alguma coisa. Nunca pensei que ele arranjasse um gatuno em 10 minutos. Disse-lhe que precisava de um gatuno para me abrir o carro e ele descobriu-o. A partir daqui, nada mais tenho a vociferar. Sou muito pequenino à tua beira, reconheço. E espero que percebas o orgulho que guardo por ser teu Amigo. Dos poucos que tens...

É 6ª feira de tarde!






















Caros compinchas Turcos, estava eu a meditar nesta tarde de sexta-feira, a meditar sobre o quanto quem trabalha sofre nestas ultimas horas de árduo ofício laboral, quando resolvi visualizar a minha caixa de correio electrónica, mais conhecida por e-mail.
Até aqui tudo normal, tinha e-mails para todo feitio, de gatos, de gajas, de cenas de amigos, até que vi algo que suscitou logo grande curiosidade, só o título, intrigou -me, o mistério do quarto 311!
Pelo título e de certeza como vós todos também devem ter pensado, como grandes homens que são, pensei logo em aventuras sexuais, num quarto mítico de fenómenos eróticos, tal casa de banho do famoso tasco de Coimbra, mas isso são contas de outro rosário. Sendo assim camaradas, no início do mail, para arrumar com as minhas esperanças de uma história de calibra revista Maria, aparece a arrepiadora frase:
-Se não fosse trágico seria para rir... só cá nesta terra, mesmo!

Então logo escarrapachei estes 2 olhinhos e entrei no texto do mesmo, para ver o que desta vez e não fossemos nós Portugueses, se teria passado nesta mesma terrinha plantada é beira-mar. Assim passo a transpor mais umas alíneas do mail:
-O mistério do quarto 311 do Hospital D. Pedro em Aveiro (facto verídico).
Durante alguns meses acreditou-se que o quarto 311, do hospital Dom Pedro em Aveiro, tinha uma maldição.
Todas as sextas-feiras de manhã, os enfermeiros descobriam um paciente morto neste quarto da unidade de cuidados intensivos.
Claro que os pacientes tinham sido alvo de tratamentos de risco mas, no entanto, já não se encontravam em perigo de morte.
A equipa médica, perplexa, pensou que existisse alguma contaminação bacteriológica no ar do quarto. Alertadas pelos familiares das vítimas, as autoridades conduziram um inquérito.
Os utentes do 311 continuaram, no entanto, a morrer a um ritmo semanal e sempre à sexta-feira.

Neste momento pensei, fantasmas? Coincidência?
Bem eu sou um bocado crédulo em cenas de misticismo, não no Bruxo de Fafe, mas creio em alguns desses poderes negros que desde os primórdios da minha tenra idade presenciei, mas, num hospital? Pensei para mim mesmo, será que algum espírito ou fantasma que teria falecido naquele quarto estaria a declarar propriedade privada? Ou não terá gostado dos médicos que o trataram, ou terá gostado quiçá da enfermeira nova do departamento de cuidados intensivos, ao qual só de sua presença levantaria qualquer parte morta de seu corpo? Qualquer uma desta hipóteses só passam na minha cabeça é claro, pois vocês ao lerem este mesmo texto estarão a pensar que ando a consumir muito álcool per capita por cada mg de sangue, mas, é aqui que para meu espanto, isto é, estamos em Portugal e já pouco me espanta, mas, depois de todos os testes bacteriológicos, os doentes continuavam a morrer, assim, o medo apoderava-se de todos, nada como ver para crer, toca a instalar uma câmara de vídeo no quarto.
Assim o mistério resolveu-se, querem apostar em algo? Acho que nem Luís de Matos descobriria, só mesmo filmado, então não é que todas as sextas-feiras de manhã, pelas 6 horas, a mulher da limpeza desligava o ventilador do doente para ligar o aspirador!!!"
É TÃO BOM VIVER EM PORTUGAL!
Shala oh!!

JÁ AGORA...UM DEPOIMENTO EMOCIONADO E NA HORA EM DEFESA DO MEU VITÓRIA E SOBRETUDO DAS MINHAS GENTES NO BLOG INDIANA BODE.BLOGSPOT.COM


Vitória até Morrer!!!!


Tás a ver a grandeza...centro de Guimarães...18 de Fevereiro...5 graus...dia em que caiu uma enchurrada em Guimarães...são milhares nas ruas...e milhares e milhares...4 Km de pessoas que percorrem a cidade...repara nos cachecóis a voarem...cada vez sou mais vitória...no domingo no estádio foi arrepiante tudo a gritar VITÓRIA ATÉ MORRER...em simultâneo o marítimo dava a mãozinha à briosa para ficarem na liga Betadine...Alex...vá lá que percebes um bocadinho de bola...pró ano vens ver o derby Vitória Vizela...mas não pensem que vamos arrastar-nos 10 anos como uns e outros na 2ª...este não é o nosso espaço, até porque somos o 4º clube com mais presenças na 1ª...quanto aos sorrisos que invadem Coimbra, Braga, Porto, Póvoa, Vila do Conde, Vizela...e mais alguns que "queiram" ser nosos rivais...só isto...SOMOS ÚNICOS!!!!Mais acho que a imagem é elucidativa...já para não falar dos 2.000 que tiveram em Sevilha, para taça Uefa...sim porque alguns nem sabem o que significa taça uefa porque se limitam a arrastar pela liga à espera de uma mãozinha amiga a 5 minutos do fim do campeonato!!!!!Ah já agora no dia do jogo referente à imagem fiquei pior q estragado...foi o meu SLB que perdeu e que baile levei...mas em contrapartida vi uma cidade em euforia e êxtase...única!Só mais uma coisa...o vitória nada deve ao fisco...ainda poderão descer várias equipas q não regularizem as dívidas e o Vitórinha vai ficar...querem apostar...ainda vai correr muita tinta!!!!!!

quinta-feira, maio 11, 2006

DA TERRA AO CÉU...

"Nem o José Mourinho fazia melhor do que eu no Paços de Ferreira"

(José Mota, treinador do Paços de Ferreira, à imprensa ontem)

Ou seja, primeiro Mota, depois Mourinho e só a seguir vem Deus!!!

AH "GANDA" MOTA!!!


quarta-feira, maio 10, 2006

A SAGA CONTINUA?

Depois de 3 fins de semana aterrorizadores para qualquer ser normal banhados com muita cerveja, vinho, Wiskhy, Caipirinhas, o flamigerado Licor Beirão e, bem ainda, sem a conotação figurativa, o rio do Gerês, o mar gélido de Vila do Conde, a brisa da Figueira a pergunta que muitas mentes completamente perturbadas nos últimos dias têm feito é a seguinte:

E agora????!!!!!

Não obstante, alguns turcos imunes a quaisquer tipo de suores frios que martirizam outros compinchas, seguem a sua caminhada, qual maratona, por terras portuenses...

Outros levantam a voz em tom espantado reclamando um fim de semana tranquilo e pacato por terras da nossa Guimarães...

Outros clamam, quiçá, por mais uma deslocação a terras da foz do Ave...

Outros ainda fazem instalar o pânico relembrando o ínico da queima das fitas em Marrocos!

Mas a proposta mais alucinante e suícida parece vir de um verdadeiro Glob Trotter da noite... o nosso estimado Péricles "El Greco"
Avança camarada Péricles...o comboio até à partida está sempre vazio...mas na horinha certa o bichinho invade toda turcalhada e é debandada!!!!!

Aceitam-.se sugestões,

O Justiceiro

terça-feira, maio 09, 2006

Só um aparte!


Os portugueses consomem em média cerca de 64 litros de cerveja por ano.
Em declarações à «Agência Financeira», à margem da apresentação do estudo da Ernest & Young sobre a Indústria Cervejeira Português, o presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV), António da Ponte, revelou que «em média os portugueses consomem cerca de 64 litros de cerveja por ano».

Meus amigos só os Turcos devem consumir 64 litros num mês!!!

Quando se trata da mente humana, nada é Óbvio


Num modesto bairro residencial de East Buckingham, uma zona periférica de Boston banhada pelo rio Mystic, Jimmy (Sean Penn), Dave (Tim Robins) e Sean (Kevin Bacon) brincam na rua. Uma brincadeira subitamente interrompida por um homem que se faz passar por polícia e que leva Dave no seu carro.
Esse jovem, desaparecido durante quatro longos dias, foi sexualmente abusado e psicologicamente maltratado.

É este o início de “Mystic River”, um filme do septuagenário realizador e actor Clint Eastwood. Depois do excelente “Dívida de Sangue”, Eastwood regressa, desta vez apenas como realizador, (sabendo que voltou como actor/realizador neste recente Million Dollar Baby) para assinar um extraordinário filme, assumidamente herdeiro dos cânones clássicos.

Depois do quadro inicial, o argumento, baseado no romance de Dennis Lehane, recoloca a acção no presente. As feridas do passado trágico foram sendo cicatrizadas pelas águas límpidas e profundas do Rio Mystic. Ao ritmo das águas 25 anos passaram, e os três amigos, pelas vicissitudes da vida ou pela absoluta incapacidade de ultrapassarem a tragédia, há muito se separaram.
Mas quando a filha de Jimmy é assassinada em circunstâncias misteriosas, os três amigos reencontram-se. Sean, polícia de profissão, vai investigar o caso e constata que há fortes indícios de que o assassino seja Dave.

“Mystic River” é, antes de mais, um filme com uma dimensão humana imensa. Sob a capa de um policial, o filme viaja até aos mais recônditos lugares da alma humana e traz à superfície os segredos e o turbilhão de sentimentos que habitam as personagens. É, assim, um filme que lida directamente com o passado e com os reflexos que ele tem no presente e no futuro de cada personagem.
Sobretudo, põe o acento tónico naqueles acontecimentos que podem alterar radicalmente a nossa relação connosco e com os outros e que, no limite, podem transformar-nos em pessoas diferentes. A experiência traumática que Dave viveu jamais o abandonou. Pode mesmo dizer-se que o verdadeiro Dave morreu: depois das agressões que sofreu, resta apenas um ser traumatizado, incapaz de se libertar das memórias que o atemorizam e que vai apenas sobrevivendo, arrastando-se pela vida sem esperança ou conforto.
Tudo teria sido diferente se em vez de Dave tivesse entrado naquele carro outro dos seus amigos, mas o destino reservou-lhe essa experiência, impossível de esquecer ou apagar.

Este é, ainda, um filme que nos confronta directamente com a morte e com as suas implicações.
Nesse sentido, “Mystic River” é um filme sombrio, perturbante e comovente. As interpretações são deixadas para um elenco sublime: Sean Penn é assombroso na construção da ambiguidade moral da sua personagem, Kevin Bacon é seguro, contido e eficaz enquanto policial e Tim Robins, com a tarefa interpretativa mais complexa, é excelente. Este trio de protagonistas é, ainda, coadjuvado por um magnífico elenco de secundários: Laurence Fishburne, Marcia Gay Harden e Laura Linney ( que dizer mais com actores assim ).

Além da brilhante realização de Eastwood, do argumento de qualidade superior e das magníficas interpretações, “Mystic River” possui um dos finais mais atordoantes e arrebatadores dos últimos tempos. No seu todo, o filme é uma das experiências mais fortes e marcantes, contendo uma análise cortante do ser humano e uma mensagem clara: quando se trata da mente humana, nada é óbvio, mesmo que pareça. Enquanto obra cinematográfica, “Mystic River” é, sem dúvidas, um dos grandes filmes deste novo milénio! . Fica a dica....

segunda-feira, maio 08, 2006

ALERTA TURCO

Caros turcos, venho por este expedito meio informar-vos que a Queima das Fitas em Coimbra segue a sua marcha até à próxima Sexta-feira... já há rumores que correm aos 4 ventos que irá haver nova invasão turca a Coimbra...
Estará aberta a caça à rola?
Fala quem sabe que a última noite é a mais louca...a partir das 4h é tudo dado no parque para que tudo se esgote...é uma loucura com o pessoal a gamar tudo que mexe!!!!
Quanto às rolas cucurruuuuuuu...
E nem queria lançar mais pánico porque senão...
E ninguém pára esta borracheira..e ninguém pára...e ninguem pára...
O meu Ramadão poderá, assim, ser adiado por mais uma semana.

domingo, maio 07, 2006

O dia seguinte...

Humildes e tristes cumprimentos!
Pois é, afinal foi hoje, jamais me irei esquecer que em 7 de maio de 2006 o clube que eu aprendi a gostar, a idealizar, aquele clube que identifica a força de uma pequena Nação, aquele clube que á 48 anos não sabia o que era não jogar com os grandes, aquele clube que apesar da minha cor clubística que está integrada bem lá no fundo do meu coração, é e continuará a ser para mim uma CAUSA!
Pois ser do Vitória é ser odiado por muitos e amados por outros, provavelmente somos mais odiados que amados, somos identidicados por bairristas, por arruaceiros por pessoas da pior espécie, estaremos sempre identificados ao fenómeno da violência.
Ainda bem que para aqueles que percebem, falam e trabalham no mundo do futebol, a descida deste clube será uma grande perda a nível de espectáculo e desportivo, gostaria que assim não fosse, gostaria de ver a Naval numa meia final da taça de Portugal tal como nós e ir jogar, imaginando eu como exemplo ao grandiodo Braga, e trazer 6000 pessoas da Figueira da Foz, bem, antes de morrer gostaria de ver isto e quem diz a Naval diz o Leiria, o grandioso Estrela ou porque não o magestoso Paços de Ferreira, porque todos nós sabemos que o Boavista e o Braga teriam capacidades de o conseguir, ou não?
Não interessa, o que acabei de dizer, pois quem para o ano vai andar a beber cerveja com alcool nos estádios de 2º divisão seremos nós, seremos de certeza "xulados" com preços de bilhetes altíssimos, seremos de certeza o alvo a abater, pois somos a equipa non grata do futebol Português, não consigo perceber, há tantas equipas por aí sem meios, sem condições e toda a gente não gosta do Vitória.
Como sabem, este fim de semana desloquei-me á cidade dos estudantes, lá como não poderia deixar de ser e como fieis que todos somos, como arruaceiros como nos chamam, endiabramos um pleno tasco do coração de Coimbra com cânticos vitorianos e boa disposição, houve festa com toda a gente, houve camaradas de mesa de outras terras que em "Off" dos nossos cânticos me surssuraram que nós jamais poderiamos descer de divisão, que nós éramos festa em qualquer lado, porque nós somos unidos, somos um todo e que por essa razão é que muita gente nos odeia.
Respondi-lhe com o é com "orgulho que visto branco", fiquem sabendo que no outro dia de manhã um destes camaradas que não liga muito ao futebol acordou a cantar esta música, pois segundo ele era uma música que espelhava a capacidade e coragem de todos nós, pois em plena cidade de Coimbra cantar isto, era dose, era um acto de plena coragem um edificar da nossa origem e nós nunca negamos isso, edificámos cada vez mais.
Pois, a festa continuou pela queima das fitas da velha Conimbriga, a Turcalhada infestou de alcool todos os seus corpos saudáveis e como selvagens que somos como adeptos de futebol éramos constantemente deparados com os cânticos de Vitória para a segunda, ao qual respondiamos muitas das vezes com um simples grito, VITÓRIA....muitas das vezes havia um pequeno feedback, outras um simples olhar de admiração, na volta pensaram para eles mesmo, eles estão em todo lado!
Assim eu deparei-me que Braga, Coimbra, Porto, são 3 centros de anti-vitória, deparei-me com adeptos de clubes destas regiões e muito debilitado das minhas capacidades de juízo e de julgamento, metia conversa aquando dos seus cânticos anti-vitoria, comentava com eles no meu bom estilo que toda a gente já conhece aquando de uma grande noite de jantarada e meus amigos, sabem a que conclusões eu cheguei?
NÓS SOMOS GRANDES!
Eu vi e falei com as pessoas que cantavam os tais cânticos, deparando que tal sucedia porque estava a ser moda lá em Coimbra, porque é moda não gostar do Vitória, muitos deles nem sabiam o porquê da pequena rivalidade que existe entre os 2 clubes, muitos deles após a nossa conversa já diziam que gostariam que o Vitória não desce-se, o que dizer disto? Pessoas sem identificação, sem dedicação, sem amor, sem príncipios, burras, assim eu só posso responder, é fácil sermos únicos, acho que neste país somos únicos por tudo aquilo que fazemos e sem muito esforço, pois já é prática comum entre vitorianos deslocarem-se em massa aos estádios, seremos únicos se meter-mos médias de 10000 pessoas em jogos da segunda liga, seremos e continuaremos a ser únicos pois jamais alguma pessoa ao perguntar-me de que cidade sou, irá dizer, ah, és do Benfica, és do Porto, não, dirá com certeza, és do Vitória!
Hoje fiquei sem dúvida mais fidelizado á causa Vitória de Guimarães, hoje quase me vieram lágrimas aquando da falta de coragem de jogadores darem a cara no final do jogo, todo o estádio cantou VITÓRIA ATÉ MORRER, assim e mesmo na segunda liga é muito fácil sermos únicos, gostaria que isto fosse lido por muita gente de fora, para poderem perceber que há pessoas de todo o tipo em todos os clubes e que nós náo fugimos á regra, mas pelo facto de sermos mais unidos e termos todos a mesma causa e mesmo ideal não podemos ser odiados por aquilo que não somos, mas sim por aquilo que somos! SOMOS ÚNICOS!

sábado, maio 06, 2006

Ouvi dizer que...

Na Ilha do Sal (e da Pimenta)

Se há coisa que gosto é de brincadeira. Chego a assustar-me pela pândega acentuada que, não raras vezes, a minha vida assume. Sendo assim a verdade, nua e crua, não será de estranhar que opte por escolher amigos e amigas danados para a palhaçada. Não há dia em que troque umas ideias e daí não surja gargalhada desenfreada. Conto-vos, hoje, mais um episódio curioso. Conheci uma jovem no Verão passado a qual, por razões inerentes à blogosfera, não tem nome. Melhor, até tem. Mas reconheço: dá-me gozo só eu saber de quem se trata. Adiante. A jovem, que um dia me disse que o que eu queria era METÊ-LA NO GELO, aproveita demasiadas vezes para tirar férias. E ainda tem o desplante de o dizer aos quatro ventos. Na sua última aparição (julgo eu!) em terras do estrangeiro resolveu brindar-nos com a sua espantosa malícia e com o seu admirável sarcasmo. Na Ilha do Sal, em Cabo Verde, a minha amiga encontrou surpresas de toda a espécie. Desde o filho da puta do vento que se fazia sentir (e eu não estive lá para ver), até aos funcionários “extremamente atenciosos”, tudo foi novidade. Em conversa no MSN, segredou-me que adorara a viagem, que tudo era especialmente bonito. Enfim, disse-me tudo o que se diz quando ficamos encantados por um lugar em especial. Confesso que estava a achar tudo muito certinho, tendo em conta de quem se tratava! Num rasgo de genialidade, a menina mostrou que o tempo em Cabo Verde não serviu apenas para apanhar sol e vento. Conhecendo-a como conheço, não estranhei a atitude. Ela é assim, e apesar de ter a pele a cair aos pedaços, tenho quase absoluta certeza que não entrará em processo de mutação. Ao ver a fotografia, que me foi facultada pela própria, apetece dizer: Kiss me na buraCONA!!!

quinta-feira, maio 04, 2006

E Aqui Vamos Nós


Depois do maravilhoso rasganço do caro colega Péricles ( sem a minha presença, por motivos de força maior ) a comitiva Turca vai de malas novamente para Coimbra. Por isso avizinha-se mais um fim de semana..... vocês sabem.

Desde já, digo em primeira mão as presenças confirmadas de:

- Péricles
- Enrique Cimento
- Sergey Gudink
- Tuni
- Michael Knight
- Kemal Ataturk
- Basturk
- Justina
- Joana X

E quase , quase certos, falta entrar a folha: Shibata e Gilson

Estes tao confirmados, agora esperamos pelas restantes confirmaçoes, dado que ha ainda muitas vagas, desde ja, espero pelos contributos de:

- Poirot
-Jmiguelim
- Auri
- Bola D`ouro
- Serraçom
- Bohemia


Ps. Deixo tambem aqui as minhas sinceras melhoras para o senhor Gudink, que quanto sei vai ter neste fim de semana a sua última hipotese de devorar o nectar.... ou nao, aquele abraço meu caro compincha.

Não sei se foi coincidência ou não, mas temos Gift no Sábado, por isso meu caro Basturk , parece que vamos ter de ficar ate ..... o sol nascer

Ouvi dizer que...


O circo das celebridades

Prometi a mim mesmo não tocar em assuntos que digam respeito ao Vitória, até que o melhor clube do mundo assegurasse a sua permanência no escalão maior. Julgava ser impossível saber o que sei hoje. Nunca acreditei no pior cenário, e ainda hoje custa tanto, porque o Vitória não foi feito para andar a pastar em escalões inferiores. Mas estou mentalizado. As hipóteses de salvação são quase nulas, para não dizer impossíveis. Não tenho problemas em assumi-lo, mesmo que venha a ter que engolir estas palavras no próximo fim-de-semana. E quem dera! Não sou como alguns, com muito mais responsabilidade que eu, que se escondem e se calam que nem ratos. A mim ninguém me pode apontar nada. Fiz o que podia, fui ao limite das forças e já nem me lembro da última vez em que falhei um jogo do Vitória. Eu e muitos!
Pensava ser incapaz, um dia, de considerar o VSC um autêntico circo. Gente cheia de manias, a pavonear-se dentro do campo, gente que, na sua grande maioria, não ama nem sente a camisola que veste. Soubessem eles quanto nós daríamos, os verdadeiros vitorianos, para tomar o lugar deles. O Vitória de hoje tem gatos em vez de leões, tem formigas em lugar dos elefantes, não tem domadores, mas há palhaços em demasia. O VSC nem sequer é um circo em condições, é um espectáculo descaracterizado e desorganizado. Ainda por cima, o Cardinali, aquele que detém o poder, diz que não marca golos. Prefere resignar-se frente a um Hélio Santos qualquer. Eu queria ver o nosso Victor Hugo Cardinali a lutar contra esta tormenta. Queria vê-lo a domar esses selvagens que compõem a estrutura profissional, ou circo, do VSC. E nunca mais me diga que a direcção não marca golos. O presidente e seus pares podem muito bem marcar golos de humildade e de respeito. Até hoje não ouvi, da boca dos órgãos sociais vitorianos, um único pedido de desculpa. Tanta cobardia já enerva.
Guimarães e o Vitória atravessarão uma das semanas mais quentes da sua já longa história. A situação é uma catástrofe para todos os que com isto sofrem mas não devemos, nem podemos, tornar o berço da nação à semelhança dos subúrbios de Paris. Isto é Guimarães, gente que preza os seus pergaminhos. E o futebol, convém não esquecer, é apenas um jogo. Se os nossos artistas mais não fazem que nos garantir desilusão atrás de desilusão, o melhor é desprezá-los categoricamente. Eu ignoro-os sempre que os vejo passear na rua. Dão-me pena. São uns fracos. Mas nunca ninguém me verá a agredi-los fisicamente. É uma falta de respeito que, apesar de tudo, não é justificável. Deixem-nos ir em paz. Você e eu estamos fartos deles e quanto mais cedo desaparecerem melhor para nós, para o Vitória e para Guimarães.
Por ultimo, lembro quem optou pela arruaça ao dinamarquês Svard. Se não sabiam, li no jornal A BOLA que o atleta faz um apelo a todos os que colocaram o Vitória nesta situação. Diz que a obrigação de todos é voltar a colocar este grande clube no seu lugar. Já tinha lido também da mesma pessoa que de certezas para o futuro só uma: nunca jogará no Braga. Continuem a pontapeá-lo. Como este devemos ter aos montes…

Tá demais!!!!!

http://www.metacafe.com/watch/75855/soccer_violence_and_fights/

Isto aconteceu dentro de campo. Agora imaginem o que acontece no domingo se o vitoria desce de divisão???!!!! Deixo a pergunta no ar!! Saudaçoes turcas!

DA ESPLANADA DO MILENÁRIO

De Nito-93 a Nito-97, de Homo sapiens a Nienderthal: O retrocesso!


QUE BONITO É O NITO!!!


Uma bela e solarenga manhã, como outra qualquer. O pequeno príncipe é acordado pela sua santa mãe. E como em todas as manhãs, o carinho marcou presença para o desafio de mais um dia, para a dura batalha que é a vida... Eis que sua mãe lhe sussura: "Bom dia, meu doce...". Ao que o pequenito, sempre devoto à sua santa mãe, replicou: "Bom dia, Mamã...". E sua mãe, na árdua e estimulante tarefa de acarinhar o seu benjamim, lança o sempre ternurento: "Já te disse como tu és bonito, meu biscoitinho?". E o tímido moleque, atolado de mimo, acanha-se prontamente e suavemente profere: "Bem, minha mãe... não sei bem o que te diga...". Ao que a mãe, galvanizando o seu mais que tudo, reitera: "És o meu pequenino lindo!!!". E insiste: "És muito bonito, és o meu NITO!!!". E não bastando tamanho carinho, a sua mãe, sempre santa, resolve embalá-lo ainda mais, encorajando-o para o sempre malévolo mundo exterior: "Diz-me meu NITO, o queres ser tu quando fores crescidito?". E o pequeno Nito, de brilho nos olhos, atira sem hesitar, como "baixinho" Romário no coração da área, retorquindo: "Pois, minha mãe... o que eu queria mesmo era ser defesa esquerdo...". E sua mãe, qual feliz desenlace de uma película de Domingo à tarde, finaliza tão grandioso e instrutivo diálogo como um simples e magnânime: "Pois é defesa esquerdo que tu vais ser! E has-de voar bem alto, como a águia do teu Benfica! Mas toma cuidado com as fotos para os cromos das cadernetas...".
Volvidos 15 breves anos. Pelo televisor Grundig no meu lar, lá aparecia na parte superior do ecrã o agora homem Nito, de sonho de criança alcançado: era o defesa esquerdo do Os Belenenses! E desde então me causou elevado interesse acompanhar o seu percurso, não por mera questão pessoal, pois Nito passaria a ser do interesse de toda a gente, de Monção a Sagres, passando por Peniche e terminando em Vilar Formoso. Nito foi, assim, mais que um simples desfesa esquerdo, foi mais que um jogador... É o comprovativo físico das preces de Lavoisier: "Na Natureza, nada se cria, tudo se transforma." E Nito transformou-se e muito...
Durante a época 93-94, o já homem Nito é-nos ainda apresentado com traços ligeiros de normalidade: Cabelo à Macgyver (em voga àquela data...), queixo semelhante a Kirk Douglas. Contudo, o leitor mais perspicaz captará já aqui os primeiros traços que o aproximam do Homem de Nienderthal: o desalinhamento das suas sobrançelhas demonstram um sobrolho esquerdo a querer sobrepor-se ao próprio olho. Se a isto juntarmos o papo saliente na zona inferior ao mesmo olho esquerdo, poderemos aferir que Nito jogou Futebol Americano e terá sido placado pelo Quarter-back nas últimas jardas... Assim o documenta a imagem que lhe é apresentada, a primeira foto a contar da esquerda.
Época 94-95. Fase crucial no processo evolutivo de Nito. O seu cabelo à Macgyver desaparece, dando lugar ao estonteante cabelo à Nedved. Correlativo a este aspecto, a fixação do seu olhar no seu próprio nariz indiciam o brotar de um estado de loucura ou da existência inata de um primata. Mas a pedra de toque reside na zona da boca: ligeiramente descaída para o seu lado esquerdo, a fazer lembrar "Sly Stallone". Não é elucidativo, no entanto, se Nito tenta posar para a foto com um sorriso ou se estará com problemas digestivos. De qualquer forma, a imagem apresentada supra (segunda foto a contar da esquerda) será digna de figurar nos manuais escolares, maxime, no capítulo "A evolução do Homem".
Época 95-96. Fase de considerável ocultação da evolução/retrocesso do Ser Nito, algo que só se registará para o leitor menos atento. A adopção do cabelo "à foda-se", fenómeno presente na Sociedade portuguesa por influência de George Cadete, poderá esconder traços verdadeiramente indiciadores de uma quase-completa "Nienderthalização". Porém, esses traços existem já: olho esquerdo completamente cerrado e maxilar inferior totalmente deslocado para a face esquerda. Quanto ao primeiro aspecto, a causa terá sido uma de duas: Constante inchaço do sobrolho esquerdo que terá vencido definitivamente a pálpebra que o suporta? Ou terá Nito sido alvo de um duplo-soco no olho esquerdo disferido pelo brasileiro Adriano, à semelhança de Marco Caneira em S. Siro? Reside a incógnita... No que toca ao segundo aspecto, a questão do maxilar deslocado, uma pergunta paira no ar: "Terá sido Paulinho Santos?"... Questão a aguardar resposta. E tudo isto, é documentado com a imagem que lhe é apresentada, na terceira foto a contar da esquerda.
Época 96-97. Por último, a fase final do processo evolutivo/regressivo. A Nienderthalização total! A sua boca está agora completamente descaída para a face esquerda, a ameaçar mesmo tocar na orelha. Um aspecto a fazer lembrar somente meio Joker, já que a inactividade patente na sua face direita não permite a configuração de um malévolo Joker completo. De salientar é o facto de, acidentalmente, ter provocado uma moda, um estilo, um look de cariz futurista: o cabelo "à fozeiro", sobejamente afamado uma década mais tarde e que eclodiu na sempre dislumbrante Foz do Douro. Todavia, não estará Nito numa posição de competir com Augustus ou Jorge Lima. Menosprezando modas e estilos, o cabelo "de quem acordou de cú pro ar" mais não é do que a pala de que Nito se socorre para esconder o que não merece ser visto. Se nos questionassemos e hesitassemos perante a questão "Será Nito a Bela ou o Monstro?", mais valeria seguramente começarmos a procurar emprego em qualquer balcão de mercearia ou segurar o lugar cativo no Circo das Celebridades... Mais ainda, e se não fosse já suficiente, a camisola do Rio-Ave fica sempre a matar... Assim o documenta, categoricamente, a imagem que lhe é apresentada, na quarta foto a contar da esquerda.
E de Nito nada mais ouvimos. Constou-me, há dias poucos, que teria envergado pela carreira de técnico. Sem certeza, afirmo timidamente que andará por Arcos de Valdevez... Mas não o posso assegurar. Mas não importa. Nito será sempre um inesquecível defesa esquerdo. E desta crónica o leitor médio facilmente retirará uma importante lição: Feio ou bonito, humano ou não humano, tudo o que importa são os sonhos! E a Nito e aos seus sonhos permitam-me concluir, recitando:
"E vai pela esquerda o valente NITO,
galopa raçudo e sem muleta.
Ora Monstro, ora Bonito,
quero o teu cromo na caderneta!"


Aquele abraço,


PÉRICLES