sábado, dezembro 01, 2007

Entrevista com DESMARETS

Como gostei de ler a entrevista com o "nosso" humilde jogador VITORIANO eis que a publico:




"Uma história de êxito. Yves Desmarets é um jogador genuíno do futebol de rua dos bairros de Paris. No Verão de 2005, poucos dias antes de rumar a Guimarães, actuava no Red Star – na altura disputava o 4.º escalão francês – e conduzia autocarros na madrugada parisiense. A vida era bem diferente.



“Gostava de jogar no meu bairro, em Villiers, com o Dembelé, que esteve no V. Setúbal, e com o seu irmão que esteve em Guimarães e tem o mesmo nome. É meu amigo desde pequeno. Dez dias antes de chegar aqui conduzia autocarros. Trabalhava durante a noite, fazia o turno da uma às seis da manhã. Era muito complicado e depois treinava três vezes por semana entre as seis e as oito da noite. Descansava um bocado e ia trabalhar. Em França não podia viver do futebol, porque há muitos jogadores e a oportunidade não chegava”, explicou a Record o camisola 20 do Vitória.



Filho de mãe francesa e pai haitiano – taxista nas ruas americanas de New Jersey – Desmarets tem o Bac em estudos franceses e nunca imaginou uma carreira a este nível. “Nem pensava em tornar-me profissional e foi uma diferença muito grande começar a viver do futebol”, salienta da experiência vitoriana. Norton de Matos foi quem o descobriu na capital francesa e a sua vida nunca mais foi a mesma.



“A oportunidade surgiu com ele, que viu o Red Star contra o Lilas e ligou-me. Disse-me que tinha uma proposta de uma grande equipa e não me disse o nome, apenas não sabia se no ano seguinte o clube iria jogar na 1.ª ou 2.ª Divisão. Fiquei logo admirado. Uma semana depois ligou-me outra vez a perguntar se queria vir jogar futebol para Portugal. Fiquei na expectativa. Volvidos uns dias disse-me que já tinha comprado o bilhete de avião e pediu-me para vir assinar”, referiu.



Maravilhado
O carrossel do sonho ganhava vida. “A minha mãe e a minha mulher ficaram muito contentes, mas disseram-me para vir a Portugal com calma ver se o clube era bom, se iria dar certo. Não conhecia bem Portugal e quando cheguei vi que não era o país velho que mostravam e falavam em França. É um País que tem muitos jovens e é muito bonito”, enaltece.



A expectativa começava a tornar-se realidade: “Quando soube que era o V. Guimarães fiquei muito admirado e se hoje sou profissional devo-o a Norton de Matos. Quando cheguei a Guimarães e vi o complexo desportivo... Em França, poucas equipas têm instalações como o Vitória. Então quando cheguei ao estádio, uff. Estava habituado a jogar perante 200, 300 pessoas e aqui concretizei um sonho, que estou a viver agora. Espero que o sonho não pare de crescer”, assumiu o extremo, que também recuperou na cidade berço a sua paixão pela música.



E quando pára para reflectir sobre a mudança de vida diz que em França não teria hipóteses de chegar à Liga principal: “Agora, a vida melhorou muito e continuo a falar muitas vezes com o Norton de Matos. Abriu-me a porta e sei que está contente por ver-me chegar a este nível. Tenho contrato por 3 anos e gostava de ficar mais tempo.”

in Record





Tá visto que o sucesso de determinada pessoa pode chegar a qualquer momento da vida, até mesmo quando não esperamos que tal suceda.


Força Des, que tenhas ainda mais sucesso...

2 comentários:

  1. Eu li a mesma entrevista e deu pra reflectir sobre vários assuntos. Sobre que com trabalho podemos sempre alcamçar o que desejamos, que o Desmarets teve uma sorte do caralho e que o Vitoria estava mesmo em maus lençois com o Norton...foda-se, foi buscar um camionista e outros mais...ainda bem que este estava habituado a seguir os caminhos e as ruas, os outros pelos vistos não eram assim tão bons. Fico no entanto com pena, pois com o Norton na volta ainda estariamos na 2 divisão e um dos reforços seria provavelmente o empregado da taberna que ele frequenta em França aquando das suas prospecções e assim estariamos de certeza na presença de uma entrevista bem mais interessante. Tou mesmo a ver;
    - eu servia canecas e tremoços os Portugueses, sempre me dei bem com eles, são muito simpáticos. Então e as mulheres? acho mesmo intrigante, algumas delas têm 1 bigode maior que o marido e bebem vinho como se não houvesse amanhã! Quando recebi o convite pra vir jogar para POrtugal nem pensei 2 vezes, então ainda por cima saberia que ia ficar numa zonha vinhateira com o Douro tão perto.

    Era um sonho ler uma entrevista destas, na volta ainda poderia sonhar que um dia poderia chegar o meu dia ;).

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  2. eu tambem espero fazer como o Desmarets...

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