
Saudações Vimaranenses!!!
Mais um ano, mais um Pinheiro...
Para os menos bem informados e desconhecedores da tradição vimaranense, descansem... não estou a falar do grande defesa central do Vitória...o Danilo...esse a quem um dia conseguiram convencer que era um jogador de futebol!!!!
Algo mais importante me trás a esta página...o cortejo do Pinheiro, que nos tempos que correm é o verdadeiro cabeça de cartaz das Festas Nicolinas.
Manda a tradição que o referido cortejo do Pinheiro seja precedido de uma ceia bem regada com o vinho da terra e geropiga e alimentada por rojões de porco com batata, grelos, papas de sarrabulho e, para finalizar, a quentinha castanha assada!
Depois segue a longa marcha até ao Campo da Feira, ao som dos bombos e das caixas, ao ritmo da bebida para aquecer uma noite tradicionalmente ( e eu acrecentaria, horrivelmente) fria.
No final, a reunião no Liceu e um até pró ano!!!
Aproveito também para deixar nesta página um dado histórico que desconhecia (nunca é tarde!):
O “Pinheiro” encerra igualmente uma simbologia que se prende com o facto de ser tradicionalmente conduzido apenas pelos homens da cidade. O “Pinheiro” é, neste sentido, a representação simbólica e figurativa da órgão sexual masculino (daí o facto de se escolher, por tradição, “o mais alto pinheiro da região”), que é ostentado orgulhosamente pelos homens da cidade, numa manifestação de masculinidade durante o cortejo que se mantém inalterada nos comportamentos dos participantes até aos nossos dias. E esta ostentação masculina é desempenhada perante as meninas da cidade que, tradicionalmente, assistem ao desfile sem poder participar. Razão pela qual, aliás, em sua homenagem, lhes é dedicado o número das “Maçãzinhas” no dia mais importante (dia 6 de Dezembro, dia de S.Nicolau), estando as meninas nas janelas, representação simbólica do local onde estiveram ao longo de todo os números.