As Lições do Rugby

O respeito que todos nós adquirimos pelo rugby após a edição deste ano do campeonato do mundo não teve origem apenas nas “ganas” e humildade ostentados pelos nossos lobos, no fair play evidenciado pelos “actores” no gramado.
As próprias regras deste desporto em constante mutação em prol do espectáculo, as inovações tecnológicas introduzidas, a limpidez e frescura dos árbitros que justificam todas as suas decisões a viva voz para que dúvidas não subsistam encantaram as novas legiões de adeptos que o rugby conseguiu conquistar, entre os quais me incluo.
Em evidente contraste encontra-se o futebol.

E as diferenças são ainda mais notórias quando se vislumbra que deste campeonato do mundo realizado em França surgem novas ideias para melhorar ainda mais este espectáculo designadamente, a hipótese já avançada de aumentar ainda mais os pontos resultantes do ensaio, que é claramente o momento auge de um jogo de rugby.
De facto, na fase final deste torneio verificou-se que as equipas apostavam mais no rigor táctico e nos pontinhos dados pelo pontapé entre os postes do que no arriscado mas espectacular ensaio. Isso saltou-me logo à vista e baixou um pouco o brilhantismo deste jogo.
Mas as altas instâncias do rugby (ao contrário do que acontece no futebol) também verificaram isso e já pretendem alterar a pontuação…Espectacular é o que me apraz dizer!
Se no futebol não fossem alheios à opinião do ser comum poderiam ouvir pelo menos alguma das minhas preces que aqui plasmarei:

- cartão amarelo deveria dar lugar a uma exclusão de 10 minutos;
- as substituições deveriam ser realizadas sem o jogo parar, sob a autoridade do 4º árbitro (pra quê parar o jogo se tá lá o árbitro a pastar!?);
- 2 partes de 40 minutos com o relógio a parar aquando da entrada em campo da equipa médica (iria acabar muita palhaçada e muita irritação nas bancadas).
- chip na bola e nas linhas de baliza.
- quanto à introdução dos meios audiovisuais, ainda sou um pouco renitente.

E vocês (5 leitores), o que pensam disto?

O Justiceiro