O caminho até às virtudes colectivas parte da qualidade individual. Do entendimento do jogo. O tempo e o espaço. No caso dos defesas-centrais, o toque de distinção é feito pelo sentido posicional (ler bem a linha de passe e interceptá-la) pelo poder de antecipação (dominando o "timing" certo para surgir no corte) e pela classe com a bola nos pés. Não é fácil reunir, com agressividade controlada, estes traços em apenas um jogador. Por isso, quando se vê um desses exemplares, respira-se fundo. É como 'ar puro' dentro de um relvado. No nosso campeonato, há um jogador que me inspira essa sensação. Chama-se Geromel e joga no Guimarães. Apesar de já ser, muito provavelmente, o melhor central do campeonato, ainda está em processo de crescimento, mas se crescer mais, arrisca-se a dar com a cabeça no tecto. Porque o seu projecto futebolístico já domina os vários quadrantes do jogo. Aqui começa a importância de um jogador. No domínio do horizonte. Estando com a casa em ordem, sente-se livre para pegar no jogo. Um estilo que faz de Geromel um dos melhores embaixadores do bom futebol no nosso campeonato.
Sou suspeito para falar mas cá vai! Aposto com quem quiser que este rapaz, caso não tenha azares, vai vestir a camisola de um dos colossos do futebol europeu. É, de facto, o melhor defesa-central a jogar em Portugal. E se bem se lembram, eu disse o mesmo de Pepe quando poucos acreditavam nele. Também agora acham que as minhas palavras estão carregadas de exagero, mas o tempo vai dar-me completa razão.
ResponderEliminarEu tambem vejo neste rapaz um grande futuro. É sem dúvida alguma um dos melhores defesas centrais a actuar nos relvados portugueses!
ResponderEliminarA última vez que tive este presentimento foi o com Hugo que agora se senta no banco do Setubal!