quinta-feira, junho 19, 2008

Que desculpa vou eu dar?

Desde os primórdios do Ambiente Turco que boa parte dos elementos exercem actividades extra-laborais ou extra-universitárias. Essas actividades consistem maioritariamente na prática de actividades desportivas. O Ambiente Turco recebe de braços abertos a participação dos seus Dignos Representantes no panorama do desporto português. Tanto que, por vezes, persiste a dúvida quanto à sua verdadeira actividade: ora é técnico de contabilidade, ora é jogador de futebol de pavilhão, umas vezes andebolista, outras um verdadeiro dinossauro do Direito. Porém, e porque falamos de homens e não de máquinas, os variados compromissos sobrepõem-se uns aos outros, de tal forma que obriga a que se escolha uns em detrimento de outros. No tocante, quem "paga a factura" normalmente é o desporto e os compromissos que daqui advêm... E chega a hora de arranjar aquela DESCULPA PERFEITA para não ir a determinado jogo ou treino. Assim, o presente post recorre ao ANUÁRIO DAS MELHORES PIORES DESCULPAS DE SEMPRE DA HUMANIDADE e daí importa 2 exemplos de situações que ainda agora me fazem rebolar a rir no meu cadeirão do Ciber Café.

Vejamos então...


EPISÓDIO I - O RECORRENTE SÍNDROME GRIPAL


De Tuni, conceituado cronista, já muito se leu e ouviu. Reza a história que em época imprecisa da sua carreira, Tuni era um fenomenal jogador do Lordelo, clube dos arredores de Moreira de Cónegos. Nessa mesma época, os "além-cónegos" faziam uma época bastante àquem das expectativas. A luta pela manutenção na 1ª regional era selvagem e os Lordeleiros batiam-se com sangue, suor e lágrimas para evitar a trágica despromoção. Todos os desafios eram agora autênticas finais e Tuni, imbuído, como sempre, de um grande profissionalismo, sabia disto mesmo. Por isso, Tuni recolheu-se em estágio na Peneda-Gerês na véspera de mais um decisivo jogo. Curiosamente (ou não), o Ambiente Turco deslocou-se até ao Gerês nesse mesmo fim-de-semana para um retiro calmo. "Ainda bem", exclamou o pivot Tuni que assim não perdeu a estabilidade emocional que lhe conferia este Ambiente Turco nos seus momentos mais dificeis. Porém, o que se destinava a ser um estágio aparentemente calmo de um categorizado profissional viria a tornar-se num estágio diabólico de um profissional meramente... Aparente! Assim, às 7 da manhã de Sábado (dia do confronto), o telemovel do Mister de Tuni, o "Adil Amarante de além-cónegos" emitia aquele som de "Pi pi" indicativo da recepção de mensagem. Abrindo o envelope, a mensagem era de Tuni e continha o seguinte: "Mister, aconteceu uma tragédia! Tou a entrar no hospital com uma gripe fortíssima e tou irremediavelmente afastado do desafio de logo à tarde. A melhor sorte! Abraço".

Pois bem. Antes de mais, as gripes do pikeno já não espantam ninguém. Ainda que nunca o ataquem ao fim-de-semana e a grande tendência seja a de aparecerem à segunda-feira, pode acontecer de o vírus surgir ao sábado de manhã. A grande inovação no seu estado debilitado foi mesmo a necessidade de recorrer aos serviços hospitalares a uma hora do dia que ninguém sabe se realmente existe... Por conseguinte, o seu estado de saúde terá seguramente causado enorme apreensão dentro do grupo lordeleiro. E causou maior apreensão ainda por fazer saber ao grupo que beber uma grade inteira de Super Bock's, daquelas de garrafas à trolha, causa gripes tão violentas... Resultado, o Lordelo "leva na bilha" e a descida é uma realidade bem presente. Fica uma das melhores piores desculpas de sempre que convinha ficar para a posteridade...


EPISÓDIO II - A OTITE IMPREVISTA...


De Mestre Pedroto também muito se leu já. Reza a história que em época imprecisa, Pedroto era um "aranha negra" do Callidas, o clube das Caldas. A história aqui bem divergia do episódio anterior: o Callidas era um ícone de andebol-arte e lutava arduamente pelo ceptro nacional da modalidade. Nos decisivos jogos finais, o Callidas deslocava-se ao arquipélago da Madeira para defrontar o Marítimo local - ou Mareiteme, como muito se ouve no arquipélago. Pedroto manifestava uma enorme crise de confiança e temia amplamente o confronto a disputar. Contudo, o impensável aconteceu. Na véspera da concentração o telemovel do Mister do Callidas, o Donner das Caldas, ouvia o tal "Pi pi" alusivo à recepção de uma mensagem. A mensagem era de Mestre Pedroto e continha o seguinte: "Mister, infelizmente, fui assolado por uma terrível otite que me impede de embarcar no avião de amanhã. Desejo a melhor sorte a todo o grupo e tragam a vitória. Abraço". O grupo não cabia em si de tanta revolta. Afinal, era o seu líder que tinha sido atacado por uma otite, que iria falhar um jogo importantíssimo e que talvez até estivesse com as suas capacidades auditivas reduzidas ao mínimo. Felizmente, a indesejada otite não foi suficiente para privar Pedroto de ouvir certas e determinadas palavras... Tais como, "Vamos jantar fora?"... E Pedroto foi. E a sua angústia era tanta que começou a beber para esquecer. Talvez até pelos ouvidos - onde se inclui, naturalmente, o ouvido infectado - bebeu ele os digestivos de final de jantar... Para registo, o título fugiria das mãos do clube das Caldas nessa época e pode ler-se nas suas portas aquele letreiro que diz "encerrado"... Interprete, pois, como bem entender... O que importa mesmo reter é que esta é seguramente uma das melhores piores desculpas de sempre, que convinha ficar para a posteridade...
Aquele abraço,
PÉRICLES

3 comentários:

  1. Só de salientar que das tuas sábias e não falsas palavras, as mesmas contÊm alguns lapsos. Eu mandei sms sim ao "Adil Amarente" ás 7 da manhã, mas não do Gerês, foi da sala de jogo da louvada casa do nosso comparsa Basturk em Vila do Conde. A constipação está justificada com os ares frescos daquela região! Haja saúde!

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  2. Kakakakakakakakakakakakakakakakaka
    Oh pá, isto é digno de se marcar uma jantarada! Tenho dito!

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  3. Desta já não me lembrava oh Péricles!! Está de ir ás lagrimas este teu post! Demais mesmo!

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