sexta-feira, dezembro 30, 2005

Ouvi dizer que...

... em meados de Junho, numa noite amena, brotaram no universo vimaranense acontecimentos que roçaram o surrealismo. Eu não vi nada. Mas lá está, ouvi dizer... E, prezado leitor, não torça o nariz como um macaquinho do Benim. Eu sei que quando um tipo diz que ouviu dizer, é sempre um caso gerador de desconfiança. Mas, indubitavelmente, não é o que aqui se passa. Tive o cuidado de recolher informações precisas e, para isso, consultei um analista de alto gabarito. Daqueles que, de tão sóbrio, consegue estar num jantar turco sem tocar num copo de vinho! Acreditem piamente na veracidade daquilo que eu ouvi dizer.
Uma vez mais reunidos no tasco da ordem, uns quantos turcos recebem um convite de fazer crescer água na boca. Para quem não sabe, dizer aos turcos que no berço da Nação nasceu um novo local de culto (e quando falo em local de culto refiro-me, obviamente, a comida e bebida em quantidades industriais) é o mesmo que sussurrar ao Zézé Camarinha que um avião repleto de britânicas acaba de aterrar em Faro. Ou seja, uns ficam com água na boca e o outro com a bandeira hasteada.
Importa clarificar de quem partiu o convite. Ao que sei, o indivíduo que persuadiu os turcos é figura de proa em Guimarães. Se é aquele que estou a pensar, falo-vos de um quarentão assim para o gordinho (mas nem sempre gordura é formosura!), bebe aos 55 finos por dia e fuma à volta de 60 cigarritos no tempo em que se mantém de persianas abertas. É daqueles que se senta no nosso tasco e não consegue passar despercebido. Talvez seja pela forma peculiar com que o homem devora o tabaco... E foi esta figurinha que disse que ia levar os turcos a comer as melhores bifanas do mundo. Qual não foi o espanto da equipe quando se deparou com aquele cenário desolador, para não dizer badalhoco. O homem que empresta o nome a um dos mosteiros mais imponentes do nosso Portugal, apeou os turcos na roulote d'Os Vitorianos. Para quem é intimo, resta dizer que os meus colegas de EQUIPE estavam perante a D. Conceição. E como se isso não bastasse o tal individuo ainda contou com a presença do sogro. Conta quem presenciou que aquilo parecia o ponto de encontro de toda uma família. Sabe-se também que o sogrão do personagem se borrou todo a comer a sua bifana. Era propício dizer-se naquela altura, no caso dos dois serem pai e filho, "quem sai aos seus não degenera".
Logicamente, depois de tamanha desilusão, a avalanche turca decidiu pôr termo àquela pobre noite de Junho. Não todos. Infelizmente, há um turco que se pode queixar de falta de sorte. Não tendo sido suficiente o "requinte" do estabelecimento anterior, o indivíduo levou o nosso turco para um bar da moda. Sei que o meu compincha passou momentos de terror, uma vez que é assim que eu me sinto quando estou perante situações vergonhosas. Mas isso são contas de outro rosário, para serem divulgadas pelo nosso interveniente directo. Isto, caso seja essa a sua vontade...

Sempre ao vosso dispor,

Poirot

1 comentário:

  1. bem...eu arricava num nome...e até digo, acho k ele também sabe onde se come os melhores "pitos" da região...

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