segunda-feira, abril 16, 2007

O dia Seguinte

Quem é que não tem ou não teve ídolos?
Na minha infância era constantemente previsível, toda a gente ter como ídolos jogadores de futebol, hoje em dia ainda assim é, no entanto para além do mítico Vítor Paneira, rolava no meu leque de admirados como expoente máximo Ayrton Sena.
Poderia descrever muito sobre este piloto, mas sei que de certeza vocês saberão quase ou mais que minha pessoa e aposto que á primeira vez que leram o nome de Ayrton Sena neste post, vieram-vos as imagens do acidente e do funeral de estado a que ele teve direito.
Sim, quem não se lembrará disso? Aposto que pouca gente, lembro me como se fosse hoje que no dia do acidente, rezei a caminho do S. Bento da Porta Aberta (Gerês) para que a qualquer momento ouvisse na rádio as melhores das notícias. Não tive essa sorte, pequeno e num mundo sem justiça, sem ter até á altura momentos de infelicidade comparáveis á morte de alguém, fui abraçado pelo senhor meu pai e tentei conter as lágrimas tímidas, de um ídolo que jamais iria ver a correr aquando da notícia trágica. Não queria acreditar, passado algumas semanas e depois de ter visto todo o funeral em directo na SIC e presenciar todos os boletins informativos com a morte do mesmo durante uns dias, tentava diariamente ao me deitar imaginar que tudo o que se estava a passar era um pesadelo e que quando acordar tudo mudava. Era linda a minha inocência nesta altura!
Quando caí na real, teria de arranjar um culpado e ele foi Schumacher. O piloto que ganhou aquele grande prémio de Imola e festejou a vitória com a alegria de 1 miúdo. Jamais fui com a cara dele, pensei durante muitos anos da minha infância/adolescência que mais tarde ou mais cedo ele iria ser culpado daquele acidente, pois estava criado por mim na minha cabeça, que ele próprio teria sabotado o carro do brazuca.
No entanto passado estes anos todos, eis que pelos vistos alguém irá pagar pela sua incompetência, a justiça italiana considerou o director técnico da Williams em 1994, Patrick Head, responsável de homicídio por negligência pela morte de Ayrton Senna.
A causa do acidente foi a ruptura da barra de direcção, causada pela modificação mal projectada e executada, conduzindo a um comportamento negligente e omisso de Head, já que o acontecido era previsível e evitável.
Esta é a segunda vez que o Supremo Tribunal de Itália se pronuncia sobre a morte de Senna, depois de já ter emitido um veredicto, em Janeiro de 2003, no qual anulou as absolvições do director técnico e do projectista da equipa na altura. Isto porque considerou «haver falhas nas absolvições» ditadas pela Justiça de Bolonha, em Novembro de 1999.
Imagino o que Senna poderia ter conquistado até hoje, Schumacher desde então foi só acumular êxitos, batendo recordes atrás de recordes, para mim, a Fórmula 1 jamais foi igual. Só com o nosso Tuga Monteiro é que voltei a parar para ver um grande prémio. Ficará para sempre na minha memória, jamais será esquecido aquele que para muitos foi o melhor piloto do mundo de Fórmula 1!
Por fim não poderia deixar de lembrar que aquele fim de semana foi deveras o mais negro da Fórmula 1, 2 mortes e acidentes para todos os gostos, Senna foi mesmo aconselhado pela mãe para não correr, tinha razão...não devia ter ligado o motor. Rolland Ratzemberger, penso que é este o nome, foi o piloto que também sucumbiu no grande prémio de Imola de 1994.

1 comentário:

  1. Tb curtia mto o Ayrton Sena... Sem ele a F1 n me diz nada!
    Acredito que ele ficará para sempre na memória da nossa geração!
    Até sempre, Sena!

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