terça-feira, janeiro 13, 2009

AO CONSULTÓRIO SENTIMENTAL

Caro Sr. Bola D'ouro,
O meu nome é Péricles, tenho uma idade não muito avançada e escrevo-lhe de Guimarães. O problema que me leva hoje até si, segundo a opinião de diversos especialistas a que recorri, não é de fácil resolução. Acontece que tenho um amigo, de nome FUJIRU MAC AKO, que tem um problema com o jogo. Na verdade, a sua situação (do Fujiru leia-se) atingiu já contornos escandalosos. É um apostar constante da parte dele em tudo o que dá para ser apostado e em tudo o que não dá. Acresce ainda que este meu amigo não é um condutor lá muito hábil. Frequentemente esmurra os seus carros nas paredes deste país e de outros, levado pela ânsia de fazer mais uma aposta e, as mais das vezes, perder mais algum dinheiro.
Sucede que este meu amigo insiste várias vezes comigo por telefone para que aposte conjuntamente com ele. Tem vezes em que me liga de alta madrugada a dizer que tem grande mão no poquer e se quero dividir a aposta com ele... Como comprenderá, e uma vez que não sou um apaixonado por jogos de azar, esta situação causa-me enorme desconforto. Será que lhe devo dizer frontalmente, a Fujiru, que ele tem um problema sério com o jogo? Qual a melhor abordagem a ter para que procure aconselhamento? O simples facto de ele me telefonar a aliciar-me com apostas dúbias será susceptível de potenciar o alastramento do vício até mim? Até que ponto?
Atentamente,
PÉRICLES

Sem comentários:

Enviar um comentário