Fui a um concerto de uma das minhas bandas preferidas, Massive Attack, o concerto foi absolutamente extraordinário. Fiquei de rastos e não foi das cervejas agradáveis que bebi antes, durante e desenganem-se que após, fui calmo e em paz para casa. Levei a cabo uma das minhas mais bonitas viagens, senti-me a levitar, sonhei de principio a fim. Ouvir a Liz Frasier cantar a “Teardrop”, á minha frente, na minha estreia no coliseu do Porto imaginem!!! não estarei longe de puder confidenciar ter sido esta, uma das experiências mais intensas que me lembro ter vivido. A Liz Frasier é pequena mas transmite um sentimento enorme, confesso que durante todo o concerto dei por mim a fazer valer as incontáveis horas a ouvir massive, mas naquele momento, nem uma palavra me saía, o sentir da musica entupia literalmente qualquer manifestação que pudesse ou desejava ter, fiquei estático, calado mas com um olhar que dizia tudo, disse-o e repito o Coliseu foi nosso, meu e do meu pensamento arrepiante. Ao longo dessa noite arrebatadora, ouviu-se temas como a Safe from Harm… o Unfinished Sympathy e muitas mais. Eu já tive o prazer de assistir em contexto festivaleiro, a um concerto e já na altura me ficou na retina um dos integrantes da banda, um “velhote” que transmitia uma paz que não se transmite por palavras, indaguei para saber o seu nome e descobri tratar-se de Horace Andy….Foi lindo. Ouvir a ”Save the whales”…. Parece e penso ser esse mesmo o objectivo, nos querer passar uma mensagem a dizer, é assim que devem encarar o mundo, em paz e de respeito e amor para com a vida, era isso que queria sentir, era disso que estava a precisar. Depois de inúmeros momentos de verdadeiro êxtase, terminaram com um recital de som electrizante transmitindo-me felicidade e ao mesmo tempo angústia por saber que estava no fim e não ter a certeza de quando nos voltaremos a encontrar, mas acontecerá….
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