terça-feira, julho 18, 2006

O Agente MArtins




Cansado de ver este mesmo canto parado e morto, venho invocar, mexer este mesmo exprimindo um pouco daquilo que por mim foi considerado como 1 acto de companheirismo "railista". Eu sei que muitos de vocês já devem estar a pensar que andei a beber, mas não, isto é, ontem só foram 1/2/5 finos, nada que o meu coração não aguente e que o meu fígado se queixe, mas deixemos isso para outras cantigas.
Hoje precisamente pelas 13.15 recebo um toque, curioso indaguei e imaginei no meu subconsciente que poderia ser uma "babe" qualquer a dar-me um toque daqueles catitos que nós turcos gostamos de receber, mas fiquei deveras impressionado e preocupado pois como alguns de vocês sabem o meu telemóvel andou este fim de semana último a fazer mergulho numa piscina qualquer, estando neste momento nos cuidados intensivos de um cirurgião electrónico lá para os lados do monte largo e consequentemente aquele mesmo modelo de telemóvel grava os números na sua memória interna, fazendo com que neste momento toda a gente seja totalmente desconhecida para mim pois ando com o cartão sem números de ninguém. Assim sendo peguei no telemóvel e reparei que era a "miss michelin" em pessoa, o nosso caro amigo Péricles, fiquei logo sobressaltado, o que é que ele me quererá? Perguntei a mim mesmo, será que quer que vá almoçar com ele? Ou será que é para café e 1 finito? Bem muitas loucuras me passaram pela cabeça e todas viradas para lides "porta-larguenses", até que "nuestro" grego me liga e me conta uma história à qual eu fiquei deveras emocionado, levantei-me da mesa de almoço e corri ao encontro dele a pedido dele,pois não podia deixar o meu copincha sozinho naquele momento.
Eu sei que quem estará a ler este pequeno excerto do texto poderá estar a assemelhar algumas parecenças com algum conto gay, mas nada disso, devido á nossa Epopeia Turca neste momento e mais que nunca, vivemos um companheirismo grandioso ao qual como numa equipa, família ou religião terá de ser 1 por todos e todos por 1.
Então aquando do telefonema sobressaltado disse:
- Tem calma Péricles, fala devagar e sem comeres as palavras, o que se está a passar, diz-me meu menino!
De uma maneira sucinta explicou-me que andava á 8 meses a conduzir sem carta, algo que nunca o preocupou claro, o que é andar sem carta? e que hoje levantou-se e disse para ele próprio que tinha chegado o dia para tal acto de coragem e embarcou rumo á sua ex-escola de condução, sendo logo guiado para o posto da PSP para lhe passarem uma guia de extravio de carta. Chegando lá o agente Martins, esse mesmo agente que me fo?eu a minha carta por ir a falar ao telemóvel, olhou olhos nos olhos o nosso Péricles e entoou em voz alta e seca:
- 8 meses sem carta? e você andava por aí a conduzir assim?
Não contendo a sua revolta e com o seu poder de argumentação de nível auspicioso, Péricles disse:
- Sr. agente Martins, eu nunca precisei da carta de condução, porque moro já aqui em cima e trabalho em pleno centro da cidade, logo vou a pé.
Depois desta resposta até eu poderia ficar convencido, mas este agente, treinado pela escola 007 de realeza Inglesa retorquiu:
- Ai sim, então se é assim porque é que só agora é que veio tratar deste assunto? se não precisa para trabalhar e nunca precisou até agora, porque é que se lembrou de vir agora? Olha-me este caramelo, deve pensar que eu nasci ontem!
Bem, esta pergunta foi lixada, o nosso caro turco já não saberia o que responder, mas do nada saiu-se com aquilo a que eu designo como uma grande resposta:
-Shôr Martins, porque vou entrar de férias daqui a pouco tempo e vou precisar de conduzir para me poder deslocar para as tascas da região para o meu lanchinho da tarde, não acha? é que a rede de transportes urbanos ainda não chegou, como por exemplo e passo a citar, á Zefa em Corvite, tá a perceber!
Depois disto o palhaço do Martins disse-lhe sarcasticamente, que el-grego teria que se deslocar a outra secção do mesmo quartel pois o assunto não era da jurisdição dele, mas que só estaria disponível a partir das 14 horas.
Até aqui eu pensei que o meu almoço teria sido interrompido por nenhum motivo aparente, pois na minha óptica não haveria nenhum problema, até que o ouvi a explicação sincera e preocupada:
- Tuni, pensa comigo, o agente Martins não foi aquele que te multou? então? ele também me vai querer multar a mim, por isso vais ter que me vir buscar o meu carro, pois assim ele não tem motivo para pegar.
Calmamente lhe respondi:
-Péricles, 8 meses sem carta e tens a lata de me pedir que te vá buscar porque tens medo de conduzir o teu carro por mais uma hora?
- Tuni não é isso, pensa, a poucos dias do inter-rail, não podemos nos arriscar a apanhar multas ou a esbanjar guito por coisas estúpidas, não achas? e depois eu estou estacionado mesmo em frente á polícia, sabes lá se de lá de dentro o Martins não me tá a ver se eu entro para dentro do carro para conduzir, ainda manda 1 alerta de condutor sem carro, percebes?
Depois disto, deixei tudo para trás e fui ajudar o meu comparsa, pensado que realmente tudo o que ele me tinha dito fazia sentido, mais que como todos nós sabemos, estes agente policiais com bigodinho o que querem é passar multas para ganharem comissão, para gastar a mesma em vinho e isso jamais na vida iria deixar que acontece-se, se o meu Péricles ficar sem dinheiro para vinho, que o fique mas a gastar comigo e com os nossos.
Estou certo que todos fariam o mesmo e que pensariam da mesma forma, uma coisa é certa, a esta hora, Péricles estará feliz da vida e eu com sentido de dever cumprido, e com algumas
garrafinhas poupadas, shaka oh!!!
(agente Martins em plena missão escolar no início d sua carreira)

1 comentário:

  1. Preparem-se meus larápios, pensam que eu não vos conheço? encontramo-nos numa operação STOP!

    ResponderEliminar