terça-feira, junho 06, 2006

Abre Los Ojos


Realizador: Cameron Crowe
Intérpretes: Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Kurt Russell, Jason Lee, Timothy Spall, Noah Taylor, Tilda Swinton
«Vanilla Sky» é uma obra surpreendente. Crowe sabe transmitir as mais variadas sensações de forma única.

Ao contrário do que muitos dizem, Tom Cruise tem uma grande interpretação, sem duvida das melhores deste actor, que pessoalmente nao esta no meu lote de preferidos.
Penelope Cruz muda-se do original "Abre Los Ojos" para o seu remake, como a mulher por quem Tom Cruise se apaixona. Parece-me, que decididamente Penelope não é propriamente uma grande actriz. Longe disso. Ainda assim, acho que este foi o seu melhor registo desde que se mudou para os EUA.

Como secundários, Crowe chamou um seu conhecido (Jason Lee), com o qual já havia trabalhado em 2 filmes passados. É sem dúvida um grande actor ( cada vez tenho mais a certeza disso ). Cameron Diaz, a meu ver, tem um bom desempenho, numa variante mais dramática do que o normal. E é devido á acção da sua personagem que o filme se desenrola. Kurt Russel tem uma interpretação segura e serena, sem grandes euforismos ou momentos altos, mas que cumpre plenamente o que lhe é proposto.
Mas vamos ao que interessa mesmo, a história propriamente dita:
David Aames (Tom Cruise) é um daqueles milionários de fortuna herdada, irresponsável e mulherengo, que tem – ou pelo menos assim nos é apresentado - em algumas das suas deficiências e fraquezas de personalidade o seu maior capital de sedução. Na festa do seu aniversário, Sofia (Penélope Cruz), uma bailarina, é-lhe apresentada pelo melhor (único!?) amigo e David apaixona-se pela artista debaixo dos olhos da infiltrada (na festa) amante (ou "amiga da foda", como é catalogada pelo amigo) Julie Gianni (Cameron Diaz). Esta loura obsessiva acaba por ser peça essencial do drama ao provocar o acidente que vai desfigurar David e lançar as fundações para a reflexão em que o filme logo após se edifica.

Este «Vanilla Sky» fez-me lembrar «A.I.», de Spielberg, onde a problemática do futuro humano e do alcance da ciência é mais uma vez posto em causa. Como já foi referido, convém ver este filme com os "Olhos bem abertos", que é o mesmo que dizer com a máxima atenção. Caso contrário arriscamo-nos a perder o fio á meada, porque realmente o filme tem imensos "flashbacks" e "falsas" realidades, o que pode fazer com que o filme se torne um pouco confuso a dada altura. Só mesmo nos instantes finais é que a incógnita se desfaz.
O final, ao contrário do que se poderia esperar, é complexo, mas dá-nos uma justificação plausível para as situações vividas pelos protagonistas.
O ganho desta obra está sobretudo no trabalho de casa (quem escreveu ou reescreveu o argumento); na realização e na frontalidade com que foi executado o projecto do princípio ao fim...Manteve-se sempre coerente com uma ideia ( um sonho) e levou-o até ao fim com a mesma destreza....
UM filme muito bom mesmo, mas é daquelas películas que se adoram ou se odeiam, não existe um meio termo.Fica a dica....

5 comentários:

  1. As tais falsas realidades são deveras o grande fascínio deste filme, para além claro das actrizes!

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  2. empresta-me este ó cimento.

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  3. Um olá de alguém que adorou este filme!

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  4. Um grande bem haja para toda a comunidade Turca.
    Vanilla Sky, um filme diferente, um estilo diferente, um filme que sinceramente não me cativou de modo algum, talvez por esperar muito mais desta película cinematográfica.
    Caro Cimento para quando uma crónica cinematográfica de "O Vampiro na Cidade"? O grande Johnny Feat como cabeça de cartaz! Pense nisso caro Senhor, e se precisar de alguma dica já sabe.
    Subscrevo-me com elevada estima e consideração, nafinnnn bebek...

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  5. Jonhy Feat esse belo personagem de outrora que encantou-nos em muita conversas em pleno café!

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