quarta-feira, junho 28, 2006

"O BIDÉ CULTURAL"


Gostava de vos lançar um tema que a meu ver voltará em força nos próximos tempos, porque a vergonha e a problemática que ele acarreta pode ter esmorecido mas não acabou. É de tal maneira grave para a nossa sociedade que não pode ser esquecido ou muito pior que isso fingir que o mesmo não existe e estou a falar do Aborto ou se preferirem, e eu prefiro, a interrupção voluntária da gravidez. Não me pretendo alongar em relação a este tema visto ser ele um problema de consciência e de crença até de cada um, mas todavia não posso deixar de ressalvar a intransigência moral de uma lei, que não entende que uma mulher aquando de uma tomada de decisão que diz respeito exclusivamente à sua consciência e revestida sempre de um enorme dramatismo, ainda pode vir a ser sujeita ao escrutínio da sua opção pela opinião publica vendo a sua intimidade violada assim como, ao juízo de um Código Penal verdadeiramente inquisitório a pode levar à prisão facto inacreditável. É necessário ter consciência que não se recorre a um aborto por prazer mas por necessidade e desde que seja feito dentro dos prazos que a medicina estipular como razoáveis..... Penso que sobretudo a hipocrisia deve acabar, todos nós sabemos onde se realizam tais procedimentos porque não revesti-los de uma cobertura legal que responsabilize todos os envolvidos e assim a mulher seja acompanhada de forma correcta e humana?? Acho incrível que algumas pessoas só por serem mais afortunadas tenham a possibilidade de se deslocar à terra dos caramelos e efectuar um aborto com todos os meios quer de higiéne bem como técnicos, quem não seja, tenha de se socorrer a uma clínica de vão de escada, correndo a mulher risco de vida ou de danos irreparaveis no seu bem estar?? Isto é terceiro mundo, penso que a nossa sociedade deve reflectir e não se refugiar em dogmas ultrapassados e por vezes inexplicáveis para o bem geral mas sobretudo para a defesa da mulher.
Como nota final parece que no princípio do próximo ano se irá referendar novamente a interrupção voluntária da gravidez, espero que nessa altura deixemos de ser um país singular no contexto europeu, cá estará o bidé cultural para dentro dos limites da sua influência fazer o que lhe compete, ou seja, lançar o tema e debate-lo.

4 comentários:

  1. très bien, basturk... Portual quer crescer, mas não sei como.

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  2. APOIADO! mas levantam-se sempre problemas religiosos e morais, mas acho que não deveremos ficar para sempre com esse problema e ser uns atrasados, a religião também proibe o sexo e o preservativo, no entanto os ministros de certeza que não o deixaram de fazer, eu iniciava um "abaixo assinado" para aqueles gajos abrirem os olhos.

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  3. Por favor legalizem as drogas.......era bacanu referendar isso em simultâneo com o aborto....assim hebridicamente seria capaz de fazer um cacete que mais pareça um aborto...be coool bro!

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  4. Meu caro tuni penso que exageraste no teu comentário a relegião não proibe o sexo. Penso que se proibisse poderias, caso tivesses uma mãe bastante devota, não ter passado de um espermatozoide facto esse que sem duvida seria de lamentar perder uma figura como tu. Saudações turcas

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