quinta-feira, maio 04, 2006

Ouvi dizer que...


O circo das celebridades

Prometi a mim mesmo não tocar em assuntos que digam respeito ao Vitória, até que o melhor clube do mundo assegurasse a sua permanência no escalão maior. Julgava ser impossível saber o que sei hoje. Nunca acreditei no pior cenário, e ainda hoje custa tanto, porque o Vitória não foi feito para andar a pastar em escalões inferiores. Mas estou mentalizado. As hipóteses de salvação são quase nulas, para não dizer impossíveis. Não tenho problemas em assumi-lo, mesmo que venha a ter que engolir estas palavras no próximo fim-de-semana. E quem dera! Não sou como alguns, com muito mais responsabilidade que eu, que se escondem e se calam que nem ratos. A mim ninguém me pode apontar nada. Fiz o que podia, fui ao limite das forças e já nem me lembro da última vez em que falhei um jogo do Vitória. Eu e muitos!
Pensava ser incapaz, um dia, de considerar o VSC um autêntico circo. Gente cheia de manias, a pavonear-se dentro do campo, gente que, na sua grande maioria, não ama nem sente a camisola que veste. Soubessem eles quanto nós daríamos, os verdadeiros vitorianos, para tomar o lugar deles. O Vitória de hoje tem gatos em vez de leões, tem formigas em lugar dos elefantes, não tem domadores, mas há palhaços em demasia. O VSC nem sequer é um circo em condições, é um espectáculo descaracterizado e desorganizado. Ainda por cima, o Cardinali, aquele que detém o poder, diz que não marca golos. Prefere resignar-se frente a um Hélio Santos qualquer. Eu queria ver o nosso Victor Hugo Cardinali a lutar contra esta tormenta. Queria vê-lo a domar esses selvagens que compõem a estrutura profissional, ou circo, do VSC. E nunca mais me diga que a direcção não marca golos. O presidente e seus pares podem muito bem marcar golos de humildade e de respeito. Até hoje não ouvi, da boca dos órgãos sociais vitorianos, um único pedido de desculpa. Tanta cobardia já enerva.
Guimarães e o Vitória atravessarão uma das semanas mais quentes da sua já longa história. A situação é uma catástrofe para todos os que com isto sofrem mas não devemos, nem podemos, tornar o berço da nação à semelhança dos subúrbios de Paris. Isto é Guimarães, gente que preza os seus pergaminhos. E o futebol, convém não esquecer, é apenas um jogo. Se os nossos artistas mais não fazem que nos garantir desilusão atrás de desilusão, o melhor é desprezá-los categoricamente. Eu ignoro-os sempre que os vejo passear na rua. Dão-me pena. São uns fracos. Mas nunca ninguém me verá a agredi-los fisicamente. É uma falta de respeito que, apesar de tudo, não é justificável. Deixem-nos ir em paz. Você e eu estamos fartos deles e quanto mais cedo desaparecerem melhor para nós, para o Vitória e para Guimarães.
Por ultimo, lembro quem optou pela arruaça ao dinamarquês Svard. Se não sabiam, li no jornal A BOLA que o atleta faz um apelo a todos os que colocaram o Vitória nesta situação. Diz que a obrigação de todos é voltar a colocar este grande clube no seu lugar. Já tinha lido também da mesma pessoa que de certezas para o futuro só uma: nunca jogará no Braga. Continuem a pontapeá-lo. Como este devemos ter aos montes…

1 comentário:

  1. este texto devia ser dado directamente a direcção vitoriana! realmente, caladinhos que nem ratos!!! mas elas vão bufar e também chegam para eles...mt bem meu caro Poirot!

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