terça-feira, maio 30, 2006

O grande novo Mestre do Suspense



M. Night Shyamalan ("O Sexto Sentido", "O Protegido", "Sinais"), realizador indiano já conhecido por ser o novo mestre do suspense, apresenta-nos The Village, uma obra magnífica que é um dos melhores filmes do ano de 2004.

Desempenhando em todos os seus filmes o papel de produtor, realizador e argumentista, desta vez M. Night Shyamalan leva-nos a uma vila que é, aparentemente, do início do século XX, apesar de não haver quaisquer referências temporais. Esta está rodeada por bosques impossíveis de ultrapassar devido à existência de criaturas horrorosas. Vivendo em época de tréguas, os habitantes da vila não incomodam as criaturas e estas não os atacam.

Todavia, o argumento escrito por M. Night Shyamalan não se resume a um filme de monstros, tal como "O Sexto Sentido" não se resumia a um filme de fantasmas e "Sinais" não se resumia a um filme de extraterrestres. Shyamalan cria estes monstros para elaborar metáforas em relação aos medos que assombram os seres humanos. Além disso, nesta obra o realizador explora um tema que nunca havia antes explorado: o amor.

Em seguida, há que destacar as interpretações, que são sempre um ponto forte nos filmes de M. Night Shyamalan. Estas provêm não só por parte de actores já conhecidos e aplaudidos pela crítica e pelos prémios, mas também por actores lançados pelo realizador. Relembro que em "O Sexto Sentido" Shyamalan tornou conhecido o jovem Haley Joel Osment, cuja interpretação lhe valeu uma nomeação para Óscar de melhor actor secundário, com apenas onze anos.
Desta vez, Shyamalan resolve colocar a praticamente estreante Bryce Dallas Howard, filha do realizador Ron Howard ("Uma Mente Brilhante"), no papel de actriz principal, a interpretar uma cega. E, apesar de ter pouca experiência como actriz, fá-lo na perfeição, tornando-se uma das melhores interpretações femininas do ano. A contracenar com Howard, temos Joaquin Phoenix, que já havia trabalhado com Shyamalan em "Sinais".
A interpretação de Phoenix não é tão surpreendente como a de Howard, mas não deixa de ser bastante positiva. Os actores secundários mostram também a sua potencialidade: Adrien Brody ("O Pianista") faz o papel de um deficiente mental de uma forma impressionante e William Hurt , dá uso à sua experiência para ter uma interpretação muito boa.

Finalmente, há que referir os aspectos técnicos do filme, e aí a perfeição é mais que evidente, desde a fabulosa direcção artística ao impressionante guarda-roupa. De facto, "A Vila" é um poema visual não só devido à complexidade do seu argumento, mas também devido à beleza impressionante da fotografia. Há que mencionar também a fantástica banda sonora de James Newton Howard, compositor por excelência de Shyamalan.

Concluindo, "A Vila" é um dos melhores filmes que já vi e M. Night Shyamalan talvez encontre aqui o melhor filme da sua carreira, que ainda está bem no início. Fica a dica....

3 comentários:

  1. Aprovado, mt bom mesmo, apesar de um fim um pouco esquisito vale a pena ver.

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  2. é bom, mas não bate o "sexto sentido" talvez por ser o primeiro que vi deste realizador...

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  3. ..pois a mim...fez-me lembrar a Alegoria da Caverna - Platão!!!

    Não gostei particularmente do filme...mas faz-nos raciocinar...sobre as "verdades" k levamos em conta 1 vida inteira e depois...puffff!!!...cai o pano!!!
    A mensagem que transmite é de facto interessante ;)

    Kiss and...peace***

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